Obama não buscará amparo no Supremo para executar medidas migratórias

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 18h45

Washington, 27 mai (EFE).- A Administração do presidente Barack Obama não buscará amparo na Suprema Corte para executar as medidas migratórias que regularizam a situação de cinco milhões de imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos, anunciadas há seis meses e que foram temporariamente suspensas pela justiça.

O Departamento de Justiça informou em comunicado que, em vez de comparecer ao alto tribunal, o governo se concentrará em lutar pelo alívio migratório em uma audiência marcada para 6 de julho na Corte de Apelações de Nova Orleans (Louisiana).

Com dois votos a favor e um contra, três magistrados dessa Corte de Apelações decidiram na terça-feira desprezar um recurso de urgência do governo e manter a suspensão das medidas, determinada em fevereiro pelo juiz federal do Texas, Andrew Hanen, a pedido de 26 estados liderados pelo Texas, a maioria republicanos.

“Embora o Departamento continue em desacordo com a recusa do Quinto Circuito de cancelar a suspensão, o Departamento decidiu que não buscará amparo na Suprema Corte”, anunciou o porta-voz do Departamento de Justiça, Patrick Rodenbush.

No entanto, o Departamento de Justiça, que exerce o papel da procuradoria neste processo, se comprometeu a tomar “o mais rápido possível” as medidas necessárias para conseguir o fim do litígio legal e pôr em prática o modelo de sistema migratório que torne prioridade para a deportação de imigrantes ilegais os delinquentes, e não as famílias.

“O Departamento acredita que a melhor maneira de alcançar este objetivo é se concentrar na apelação em curso”, destacou Rodenbush, de olho na decisão que todos os juízes da corte de Nova Orleans, considerada uma das mais conservadoras do país, devem tomar em julho.

Organizações defensoras dos direitos dos imigrantes, como A Raça, fizeram referência a esta audiência na terça-feira após saber da decisão da corte de apelações de manter a suspensão das ações executivas decretadas por Obama em novembro e que provocaram a alegria de milhões de imigrantes ilegais do país.

O veredicto da corte para manter as medidas no limbo é “um revés, mas não é o final de um longo e árduo caminho”, destacou A Raça em comunicado.

A interposição do governo dos EUA de um recurso na Suprema Corte poderia favorecer Obama, dado que o máximo tribunal dos Estados Unidos emitiu uma decisão em 2012 que respaldou a discricionariedade do governo federal na aplicação das leis de imigração. EFE

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