Obama não reconhece referendo da Crimeia e alerta Rússia sobre consequências

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2014 16h23
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Washington, 6 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que o referendo sobre a incorporação da Crimeia à Rússia, como anunciado pelas autoridades pró-russas dessa região autônoma, violaria o direito internacional e advertiu Moscou que seu governo junto dos aliados se manterão “firmes” contra a intervenção russa na Ucrânia.

“A proposta de referendo sobre o futuro da Crimeia violaria a Constituição da Ucrânia e o direito internacional. Qualquer discussão sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo da Ucrânia”, reiterou o líder em um pronunciamento não agendado.

“No ano de 2014 estamos muito longe dos dias nos quais as fronteiras podiam ser desenhadas acima das cabeças dos líderes democráticos”, acrescentou o presidente.

Obama reiterou que os Estados Unidos permanecerão “firmes”, junto com seus aliados, caso a Rússia continue violando os tratados internacionais e não dê marcha à ré na Crimeia.

“Se esta violação do direito internacional continuar, a determinação dos Estados Unidos, de nossos aliados e da comunidade internacional se manterá firme”, advertiu.

Obama pediu que Moscou aceite o desdobramento de observadores internacionais em todo o território da Ucrânia, incluída a Crimeia, e que Moscou e Kiev iniciem conversas com “a participação da comunidade internacional”.

“Deixar que os observadores internacionais se desdobrem em toda Ucrânia, incluída a Crimeia, para garantir que os direitos de todos os ucranianos são respeitados, incluídos os de etnia russa; e começar as consultas entre o governo da Rússia e da Ucrânia, com a participação da comunidade internacional”, propôs o líder americano como via imediatas de saída à crise.

Além disso, o presidente chamou o Congresso a apoiar os movimentos do Fundo Monetário Internacional (FMI) de empréstimo à Ucrânia e “para proporcionar a ajuda americana ao governo ucraniano para que possam resistir a esta tempestade e estabilizar sua economia, fazendo as reformas necessárias”. EFE

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