Obama nega envolvimento dos EUA em golpe na Turquia e pede cautela na repressão

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/07/2016 07h54
EFE Barack Obama - EFE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu para que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, preserve as liberdades civis e democráticas durante a investigação sobre a tentativa de golpe militar na semana passada. Enquanto isso, o embaixador da Turquia nos EUA pediu pelo “benefício da dúvida”, ao passo em que seu país resolve o que ele chamou de “o pior revés da história de sua democracia”. 

Em seus primeiros comentários públicos sobre o golpe, Obama negou qualquer envolvimento de seu país ou conhecimento antecipado sobre o episódio, e alertou que os rumores do contrário colocar em risco os americanos no exterior e tensiona as relações entre os dois países. 

“Qualquer relato de que tivemos algum conhecimento prévio da tentativa de golpe, de que tivemos envolvimento, de que fomos qualquer coisa senão apoiadores da democracia turca é completamente falso”, disse Obama. “Nós condenamos o golpe”. 

No entanto, o embaixador da Turquia nos EUA, Serdar Kiliç, se recusou a descartar a possibilidade de envolvimento de Washington no golpe, quando questionado sobre essas alegações em uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira. 

“Eu espero que não”, disse Kiliç. “Dadas as relações na aliança entre a Turquia e os EUA, eu espero que esse não seja o caso”, completou. Quando questionado sobre as preocupações de que Erdogan estaria usando o golpe fracassado como um pretexto para reprimir duramente a oposição, o embaixador disse que as pessoas não deveriam tirar conclusões precipitadas. 

“Faz apenas uma semana que a democracia turca sofreu seu maior revés, o pior revés na história de nossa democracia até agora”, disse. “Então nos dê o benefício da dúvida”, completou. 

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