Obama pede aos legisladores garantias de segurança para as redes dos EUA
Washington, 20 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedirá nesta terça-feira ao Congresso que os legisladores garantam que “nenhum país, nenhum hacker” possam derrubar as redes de computadores de seu país ou roubar seus segredos, com a aprovação de uma lei que responda aos ataques cibernéticos frequentes contra entidades e instituições americanas.
“Nenhum país estrangeiro, nenhum hacker, deveria poder derrubar nossas redes, roubar nossos segredos comerciais e invadir a privacidade das famílias americanas, especialmente de nossas crianças”, dirá Obama durante seu discurso sobre o Estado da União no Congresso, de acordo com trechos antecipados pela Casa Branca.
No discurso, que começará às 21h locais (meia-noite de Brasília), Obama pedirá ao Congresso, agora composto por uma maioria republicana nas duas câmaras, que “aprove a legislação necessária” ao país “para enfrentar a ameaça dos ataques cibernéticos, combater o roubo de informações e proteger” a privacidade das crianças.
“Se não agirmos, deixaremos vulneráveis nosso país e nossa economia. Se o fizermos, continuaremos protegendo as tecnologias que geraram oportunidades incalculáveis para as pessoas no mundo todo”, afirmará o presidente.
Obama fará durante seu discurso uma série de propostas relacionadas com a segurança dos dados na Internet, um tema que ganhou peso após o recente ataque contra a Sony Pictures, que os Estados Unidos atribuem à Coreia do Norte, e o sofrido na semana passada nas contas do Comando Central do Pentágono no Twitter e no YouTube.
Na semana passada, Obama adiantou que vai propor em seu discurso de hoje a aprovação de uma lei que “encoraje” o setor privado a “compartilhar informações” sobre ameaças cibernéticas com o governo, que, em troca, proporcionaria proteção legal às empresas, com algumas condições.
Além disso, o projeto de lei permitiria processar judicialmente a venda de “botnets” (conjunto de robôs digitais usados para ataques cibernéticos), a comercialização no exterior de informações financeiras roubadas nos Estados Unidos, como números de cartões de crédito, e outras atividades similares.
Obama também propôs a criação de um padrão nacional para informar aos consumidores, no prazo máximo de 30 dias, quando existir a possibilidade de que suas informações particulares tenham sido comprometidas por um ataque cibernético contra a companhia que abriga esses dados.
Por último, pediu que se aprove uma lei para proteger a privacidade dos dados dos estudantes, que garanta, em suas palavras, que as informações compiladas “nas aulas sejam usadas somente para propósitos educativos, para ensinar nossas crianças, não para vender coisas a eles”. EFE
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