Obama pede que americanos não fiquem reféns do medo por causa de ebola

  • Por Agencia EFE
  • 28/10/2014 20h19
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Washington, 28 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira as novas diretrizes do governo para o controle das pessoas expostas ao ebola e pediu que a população não se deixe levar pelo “medo”, porque há progressos para conter o avanço da doença.

No entanto o presidente advertiu que se não houver “uma robusta resposta internacional” contra o surto de ebola na África Ocidental, “estamos em perigo aqui e em muitos outros países”.

“Quando outros estão com problemas, quando aparece uma doença ou acontece um desastre, os americanos ajudam e nenhum outro país está fazendo tanto como os Estados Unidos para garantir que contivemos e em última instância eliminamos o surto”, ressaltou o líder.

Obama disse que a “boa notícia” é a Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia de ebola junto de Guiné e Serra Leoa, começar a ter “alguns avanços” na contenção do vírus.

Em alusão às quarentenas obrigatórias decretadas em vários estados do país, como Nova York e Nova Jersey, para trabalhadores da saúde que retornam de países afetados pelo ebola, o presidente se posicionou contra qualquer medida que desestimule essas pessoas de viajarem à África para ajudar a combater a doença.

Obama defendeu os novos protocolos anunciados nesta segunda-feira pelo Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), por estarem baseados na “ciência” e na “experiência” prévia de como lidar com o ebola.

Segundo as pautas do CDC, os movimentos não serão limitados e nem serão isoladas as pessoas que voltarem da África Ocidental e que tenham tido contato com doentes de ebola, a menos que apresentem sintomas.

“Os Estados Unidos não se definem pelo medo. Isso não é o que somos”, enfatizou Obama no discurso.

Ele lembrou que até o momento somente aconteceram dois contágios em solo americano, os das duas enfermeiras, Amber Vinson e Nina Pham, que atenderam um liberiano com infectado pelo ebola em um hospital de Dallas.

As duas superaram a doença, “da mesma forma que outros sete americanos que foram tratados e sobreviveram”, ressaltou o presidente.

Obama também anunciou que se reunirá amanhã, quarta-feira, com médicos e outros profissionais de saúde que combateram o ebola na África Ocidental ou que se dispõem a viajar para essa região.

Na semana passada Obama recebeu Pham no Salão Oval apenas algumas horas depois de a enfermeira receber alta médica.

O encontro foi fechado à imprensa, mas os fotógrafos puderam imortalizar o abraço que Obama deu em Pham, reflexo do desejo do presidente de tranquilizar os cidadãos diante das dúvidas e do medo em torno da transmissão do ebola.

“Esta doença pode ser contida e será derrotada, o progresso é possível”, prometeu hoje o presidente.

“Mas teremos de permanecer atentos e nos assegurar que estamos trabalhando juntos. Não pode parecer que os Estados Unidos estão fugindo (da luta contra o ebola) porque outras pessoas estão vendo o que fazemos”, anotou. EFE

mb/cd

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