Obama pede que americanos respondam ao ebola com ciência e não com o medo
Washington, 25 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado que os americanos se guiem pela ciência e não pelo medo para responder aos casos de ebola detectados no país, principalmente após o alerta gerado pela notícia do primeiro paciente infectado em Nova York.
“Temos que nos guiar pela ciência, pelos fatos, não pelo medo. Ontem, os nova-iorquinos nos mostram como se faz. Fizeram o que fazem todos os dias. Subiram em seus ônibus, no metrô, nos elevadores, foram trabalhar e se reuniram nos parques”, disse o presidente em seu discurso dos sábados, depois de uma semana dedicada ao combate à doença.
“Esse espírito, essa determinação de seguir adiante, é algo que faz com que Nova York seja uma das grandes cidades do mundo. E esse é o espírito que todos podemos aprender à medida que enfrentamos esse desafio”, acrescentou.
Com a mensagem, Obama quis tranquilizar o país em uma semana na qual os americanos conviveram com boa notícia de que três dos contagiados superaram a doença, mas também souberam do médico infectado que chegou a Nova York.
Craig Spencer, de 33 anos, cuidou de vários doentes de ebola na Guiné e, após voltar aos EUA, apresentou os sintomas da doença, sendo internado na quinta-feira no Hospital Bellevue de Nova York, onde recebe tratamento.
Esse é o quarto registro da doença confirmado no país. Os outros três ocorreram em Dallas (Texas), todos ligados a um único paciente.
O primeiro caso do vírus nos Estados Unidos foi o do liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu em 8 de outubro, dias depois de chegar à cidade para uma visita a parentes.
Duas enfermeiras que trataram Duncan e acabaram pegando o vírus foram curadas da doença nesta semana. Um cinegrafista, que havia contraído o vírus na Líbia, também recebeu alta após ser tratado em um hospital de Nebraska.
“É importante lembrar que das sete pessoas que vivem nos Estados Unidos tratadas até agora pelo ebola (as cinco que contraíram a doença no leste da África, mais as duas enfermeiras de Dallas), as sete sobreviveram. Agora estamos concentrados em assegurar que o paciente de Nova York está recebendo o melhor atendimento”, concluiu Obama. EFE
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