Obama pede que países façam mais contra ebola

  • Por Agencia EFE
  • 14/10/2014 20h14
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Washington, 14 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu nesta terça-feira que o mundo “não está fazendo o suficiente” contra o surto de ebola na África Ocidental e acredita em poder conter a propagação dessa doença em Dallas, no estado do Texas, e evitar que haja “réplicas” dessa situação em outros pontos do país.

“O mundo em seu conjunto não está fazendo o suficiente. Há uma série de países que têm a capacidade e que ainda não se comprometeram nisto”, disse Obama a jornalistas após se reunir com o chefe do Estado-Maior Conjunto de EUA, general Martin Dempsey, e altos comandantes militares de 21 países.

“E como nos comprometemos vamos ter de fazer mais, porque a não ser que contenhamos isto em sua origem, vai continuar sendo um desafio para esses países quando nenhum lugar do mundo está a mais de um par de voos de distância, e a transmissão dessa doença ameaça todos os nossos povos”.

Obama falou também sobre a situação nos EUA, onde o primeiro paciente de ebola diagnosticado fora da África Ocidental, Thomas Eric Duncan, morreu na quarta-feira em Dallas e as autoridades sanitárias investigam agora qual foi a falha de protocolo que permitiu que a enfermeira que cuidou dele, Nina Pham, fosse infectada.

“Estamos aumentando os recursos em Dallas para examinar o que se passou exatamente para que acabasse infectando uma enfermeira ali”, explicou Obama, que garantiu que seus “pensamentos e orações estão com ela e com os valentes trabalhadores de saúde de todo o país que se colocam em situações difíceis ao tratar esta doença”.

“Vamos nos certificar que as lições aprendidas em Dallas se aplicam a hospitais e centros de saúde em todo o país”, acrescentou o presidente.

Obama se comprometeu a fazer “todo o possível para proteger os trabalhadores de saúde” e lembrou que as medidas de segurança contra o ebola que começaram a ser aplicadas no aeroporto nova-iorquino de JFK serão ampliadas para outros quatro aeroportos do país “nos próximos dias”.

“Confiamos que podemos construir os protocolos necessários e em nos assegurar que estão sendo observados cuidadosamente para evitar mais réplicas do que ocorreu em Dallas. Vamos estar o mais atento possível para garantir que esta doença seja contida apropriadamente”, acrescentou o líder.

As autoridades americanas de saúde disseram hoje que os 76 trabalhadores de saúde do Hospital Presbiteriano de Dallas que atenderam Duncan já foram colocados em observação, o que fez com que o número de pessoas sob controle no Texas já tenha chegado a 125. EFE

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