Obama pede que Putin contenha grupos pró-russos no leste da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 14/04/2014 22h04
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Washington, 14 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta segunda-feira para o líder russo, Vladimir Putin, e pediu que “use sua influência” para conter os grupos pró-russos responsáveis dos violentos ataques a edifícios governamentais no leste da Ucrânia.

“O presidente enfatizou que todas as forças irregulares na Ucrânia têm que deixar as armas, e urgiu o presidente Putin a usar sua influência com esses grupos armados pró-russos para convencer-lhes que abandonem os edifícios que tomaram”, informou hoje a Casa Branca em comunicado, no qual detalhou que a conversa telefônica aconteceu por iniciativa do líder russo.

Obama transferiu a Putin sua “profunda preocupação” pelo “apoio” do governo russo às ações “dos grupos separatistas pró-russos que ameaçam desestabilizar e debilitar o governo da Ucrânia”.

A conversa telefônica entre os dois líderes acontece a poucos dias da decisiva reunião prevista para o dia 17 de abril em Genebra, na qual representantes da União Europeia, Estados Unidos, Ucrânia e Rússia tentarão pactuar uma saída a esta crise.

O encontro será o primeiro entre as quatro partes desde que a Rússia anexou em março a república autônoma ucraniana da Crimeia e depois que se aguçou a crise que começou em novembro passado na Ucrânia pelos enfrentamentos entre pró-russos e pró-ocidentais.

Obama aproveitou sua conversa com Putin hoje para advertir-lhe mais uma vez que enfrentará novas sanções se não atender os pedidos internacionais para que retire suas tropas da fronteira ucraniana.

“O presidente Obama ressaltou o crescente isolamento político e econômico da Rússia devido a suas ações na Ucrânia e deixou claro que este crescerá se o governo russo persistir com essas ações”, explicou a Casa Branca.

Obama insistiu que a solução diplomática ao conflito ainda é possível, mas advertiu Putin que para isso é necessário que a Rússia desista de sua “intimidação militar” nas fronteiras da Ucrânia, sua “provocação armada” e a “retórica em aumento” de seus oficiais.

O líder americano defendeu também mais uma vez que o governo da Ucrânia atuou nesta crise “com um controle notável” e destacou os esforços de Kiev para “unificar o país com eleições livres e justas no dia 25 de maio, assim como buscar uma reforma constitucional e propor passos concretos para a descentralização de poder”. EFE

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