Obama pensa em deixar 3.000 soldados no Afeganistão em 2015, segundo “Post”
Washington, 23 fev (EFE).- Uma das quatro opções com que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, trabalha sobre a presença militar americana no Afeganistão a partir de 2015 consiste em deixar 3.000 soldados em Cabul e na base aérea de Bagram, informou neste domingo o jornal “The Washington Post”, citando fontes oficiais.
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, informará esta semana a seus colegas da Otan em Bruxelas sobre as quatro opções estudadas pelo Governo americano, entre as quais está a dos 3.000 soldados, até agora desconhecida.
O Pentágono propôs a Obama em janeiro manter um número muito mais alto de soldados, 10 mil, assim como um número limitado de bases quando terminar a operação de retirada coordenada com a Otan, no final deste ano.
No entanto, a opção dos 3.000 militares é bem-vista por vários funcionários da Casa Branca, por isso que o Pentágono está há meses estudando que tipo de operações de treinamento e combate ao terrorismo poderia realizar se Obama preferir esta opção.
O número de tropas que permanecerá no país a partir de 2015 continua sendo uma dúvida, visto que o presidente afegão, Hamid Karzai, não assinou ainda o acordo bilateral com os EUA para regular a segurança a partir de 2014, à espera, previsivelmente, do resultado das eleições presidenciais de abril.
O Governo de Obama assumiu “que não deve insistir mais (com Karzai), porque não leva a lugar algum” e optou, por outro lado, por aumentar seu contato com os principais candidatos a substituir o líder nas eleições de abril, segundo o jornal.
O “Post” denomina a possibilidade de deixar 3.000 soldados como a “opção 3” de Obama, enquanto a número um é a proposta pelo Pentágono de contar com 10 mil militares no Afeganistão.
A opção número 2 consistiria em um contingente um pouco menor que os 10 mil soldados, ainda por determinar, em Cabul e Bagram até 2016. Tanto esta possibilidade como a número um poderiam se estender até o fim do mandato de Obama, em janeiro de 2017.
A quarta opção consiste em uma retirada completa dos EUA, algo que a Casa Branca considera que não causaria um grande dano político imediatamente, tendo em vista a crescente impopularidade da longa guerra no Afeganistão, de acordo com o jornal. EFE
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