Obama prepara medidas para pressionar China a combater ciberespionagem
Washington, 16 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira que está preparando uma série de medidas para pressionar a China a combater a ciberespionagem e o roubo de segredos comerciais de empresas americanas.
Em um encontro com empresários em Washington, no qual respondeu a várias perguntas dos participantes, Obama admitiu que a cibersegurança será “um dos temas mais importantes” a serem abordados com o presidente da China, Xi Jinping, durante sua visita à capital americana na próxima semana.
Obama afirmou que a coleta de informações de inteligência no exterior realizada por todos os países, incluindo os EUA, é “fundamentalmente diferente de um governo ou seus representantes participarem diretamente da espionagem industrial e do roubo de segredos comerciais de empresas”.
“Consideramos isso como um ato de agressão que tem que acabar”, alertou o presidente americano.
A Casa Branca responsabilizou em várias ocasiões a China, em público e em particular, de ciberataques como o ocorrido neste ano e que roubou informações pessoais de milhões de americanos, muitos deles funcionários do governo federal.
“Estamos preparando uma série de medidas que indicarão aos chineses que isso não é só uma questão na qual estamos ligeiramente incomodados, mas algo que gerará tensões importantes na relação bilateral se não for resolvida”, destacou Obama, acrescentando que tem esperança de solucionar o problema sem fazer uso dessas medidas.
Por sua vez, o governo da China afirmou nesta semana que chegou a um consenso com os americanos sobre a cibersegurança, após anos de acusações mútuas de espionagem informática e pouco antes de Xi realizar sua primeira visita de Estado aos EUA.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, explicou que os dois países chegaram a um acordo durante a recente visita do enviado especial do presidente chinês, Meng Jiazhu, a Washington.
Obama receberá Xi na Casa Branca no dia 25 de setembro para “tratar sobre áreas de desacordo de forma construtiva”, segundo confirmou ontem o governo americano. EFE
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