Obama promete tomar medidas executivas perante lentidão da reforma migratória
Washington, 5 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou nesta quarta-feira que antes do final do ano tomará ações executivas para melhorar o sistema de imigração do país e prometeu que essas medidas ficarão sem validade se o Congresso aprovar uma reforma migratória que conte com seu respaldo.
“Antes que acabe o ano tomarei as ações legais que possa tomar para melhorar o sistema migratório”, disse Obama em entrevista coletiva na qual reagiu à vitória republicana nas eleições legislativas desta terça-feira.
“Estas ações serão substituídas e suplantadas por uma ação do Congresso. Enviem-me uma lei que possa assinar e estas ações executivas desaparecerão”, acrescentou.
Obama assegurou que entrará em contato com o futuro líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, e com o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, “para ver se querem aprovar uma lei” de reforma migratória, mas o que não vai fazer é “simplesmente esperar” que o Congresso atue.
“Não tenho dúvidas que haverá alguns republicanos zangados ou frustrados por qualquer ação executiva que eu possa tomar. Trata-se de gente que se opõe profundamente à reforma migratória em qualquer forma”, comentou.
No entanto, o presidente assegurou que, longe de interpretar suas ações executivas como um ataque, os republicanos deveriam vê-las como “um incentivo para que tentem fazer algo” relativo à reforma migratória.
Obama se pronunciou assim ao ser questionado sobre as declarações de McConnell, que disse hoje em entrevista coletiva que seria “um grande erro” que Obama tome ações executivas em matéria de imigração, porque “envenenaria o ambiente” para avançar legislativamente nesta matéria.
O presidente prometeu em junho que atuaria nos próximos meses para regular o sistema migratório do país por sua conta, mas depois estendeu o prazo de sua decisão até o final do ano, a fim de não prejudicar alguns democratas nas eleições legislativas realizadas ontem.
As ações que Obama poderia tomar vão desde estender o alcance do programa de Ação Diferida (DACA), que protege jovens imigrantes ilegais da deportação, até ampliar o número de vistos de residência concedidos por ano no país. EFE
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