Obama propõe que policiais usem câmaras no uniforme para reduzir tensão

  • Por Agencia EFE
  • 01/12/2014 18h10
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Washington, 1 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, proporá nesta segunda-feira investir US$ 263 milhões ao longo de três anos em várias medidas que afetam as policiais locais, entre elas uma que obrigaria cerca de 50 mil agentes a usarem câmaras em seu uniforme que gravem as interações com civis.

O anúncio, antecipado pela Casa Branca, é o primeiro passo concreto da administração para responder às tensões geradas por causa dos distúrbios em Ferguson, no estado do Missouri, após a morte do jovem afro-americano Michael Brown pelo policial branco Darren Wilson, e promover melhores relações entre os agentes e as comunidades.

Além disso, Obama está preparando uma ordem executiva para aumentar a supervisão dos programas e fundos federais que fornecem equipamentos militares a agências de polícia locais e estaduais, mas não bloqueará a transferência desses tipos de equipamentos, muito questionado por ativistas.

“Vimos que, em muitos casos, estes programas servem verdadeiramente para coisas boas. O que se necessita é mais consistência em como se implementam e como se auditam”, disse o porta-voz da Casa Branca , Josh Earnest, em sua entrevista coletiva diária.

O líder quer pedir a sua equipe que entregue dentro de 120 dias recomendações para aumentar a “prestação de contas” no uso desses equipamentos militares, em particular para explicar “para que serão usados” e certificar que os policiais estão bem formados para isso.

O pacote de US$ 263 milhões inclui US$ 75 milhões para aumentar o uso de câmaras usadas nos uniformes, ampliação da formação dos agentes locais, reformas nos departamentos de polícia e fomento d relação do Departamento de Justiça com as agências do país.

As propostas serão remetidas hoje ao Congresso, e a Casa Branca deve pedir aos legisladores que incluam pelo menos parte desses recursos em um orçamento para o ano fiscal 2015 que os congressistas devem aprovar antes de 11 de dezembro.

As medidas foram extraídas de uma revisão que a Casa Branca fez da ajuda federal dada às agências estaduais e locais, que encontrou uma “falta de consistência” em como esses programas são administrados.

Obama explicará hoje essas propostas em três reuniões ligadas às tensões no Missouri, a primeira delas com membros de seu gabinete.

Em seguida Obama e o vice-presidente, Joe Biden, se encontrarão com líderes de direitos civis e jovens ativistas; depois com funcionários locais, chefes de polícia e líderes religiosos para conversar sobre como melhorar as relações entre cidadãos e agentes de segurança. EFE

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