Obama ratifica US$ 225 milhões adicionais para sistema antimísseis de Israel
Washington, 4 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta segunda-feira a lei que permitirá um aporte adicional de US$ 225 milhões para financiar o sistema antimísseis Iron Dome (Domo de Ferro) de Israel, que reduziu notavelmente a capacidade do Hamas em seus ataques contra o Estado judeu.
“Os Estados Unidos têm orgulho do Iron Dome, desenvolvido conjuntamente com Israel e financiado pelos EUA, salvou incontáveis vidas em Israel”, afirmou o porta-voz da Casa Branca em comunicado, Josh Earnest.
Earnest acrescentou que “o contínuo apoio bipartidário ao sistema antimísseis garante a Israel a manutenção desta defesa vital contra foguetes e artilharia”.
A proposta de lei foi aprovada no Congresso na última sexta-feira, o último dia antes do recesso de verão dos legisladores.
Este novo aporte financeiro acontece depois que os Estados Unidos elevaram o tom de suas críticas a Israel e se declararam “horrorizados” neste último fim de semana com um ataque contra uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em Gaza, no qual morreram pelo menos dez civis.
Em seu comunicado, Earnest insistiu que Israel “deve fazer mais para evitar as mortes de civis”.
No final de junho, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, transmitiu o pedido israelense em uma carta para o Senado, que solicitava um aumento da contribuição americana “para acelerar a produção de componentes do Iron Dome para a manutenção de um arsenal adequado”.
O sistema Iron Dome neutralizou centenas de foguetes lançados pelo Hamas desde o início da ofensiva contra a Faixa de Gaza no dia 8 de julho e, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), conta com uma efetividade de 90%.
A ratificação de Obama coincide com o anúncio feito por Israel de que se comprometerá com um cessar-fogo de 72 horas a partir das 8h locais (2h de Brasília). Em paralelo, as facções palestinas aceitaram um compromisso similar proposto pelo Egito.
Desde o começo dos confrontos, mais de 1,8 mil palestinos e 67 israelenses morreram. EFE
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