Obama reconhece que desigualdades e racismo ainda persistem nos EUA

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/05/2016 17h28
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. 25/04/2016 REUTERS/Kevin Lamarque REUTERS/Kevin Lamarque Presidente dos Estados Unidos (EUA)

 O presidente norte-americano, Barack Obama, disse neste sábado que o país é “um lugar melhor hoje” que do quando ele se formou na universidade 30 anos atrás e considerou sua eleição “um indício de como as atitudes mudaram” ao longo dos anos.

Mas desigualdades ainda persistem, disse em discurso aos formandos da classe de 2016 da Howard University. A instituição desempenhou importante papel no Movimento dos Direitos Civis dos negros nos EUA. 

Obama destacou que não havia CEOs negros no ranking das 500 maiores empresas da Fortune e poucos juízes eram negros quando a Columbia University entregou a ele o diploma de bacharelado, em 1983. 

“Muitos nem mesmo pensavam que os negros tinham o que era preciso para ser quarterback (jogador de futebol americano)”, afirmou o presidente. “Quando eu estudava, o principal herói negro na TV era o Mr. T Rap e o hip-hop era uma contra cultura “

Mas Obama ressaltou que ainda há problemas a serem tratados. “O racismo persiste, a desigualdade persiste”, disse. Ele convocou os 2.300 graduandos da Howard University a agir para solucionar essas deficiências. 

Obama advertiu para desigualdades de renda, questão na campanha presidencial de seu sucessor em novembro deste ano, disparidades em desemprego, salários e justiça criminal. O presidente listou, ainda, doenças e conflitos ao redor do mundo, além de mudanças climáticas, terrorismo e outros assuntos que precisam de atenção

“Não se deixe enganar classe de 2016. Vocês têm muito trabalho a fazer”, exclamou Obama. “Mas independentemente de quão complicados ou intragáveis sejam os desafios, a verdade é que sua geração está melhor posicionada que qualquer outra para cumprir esses desafios”, disse. Fonte: Associated Press.

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