Obama reconhece que tiroteio na Califórnia foi ato de terrorismo

  • Por EFE
  • 07/12/2015 07h28
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EFE/EPA/SAUL LOEB/POOL Obama faz pronunciamento à nação de Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou neste domingo o tiroteio de San Bernardino (Califórnia), que causou 14 mortos e 21 feridos na quarta-feira passada, como “um ato de terrorismo”, com o objetivo de “matar gente inocente”.

Em discurso no Salão Oval da Casa Branca televisionado para a nação, Obama informou aos americanos sobre os últimos detalhes da investigação do massacre, cujos autores seguiram o “obscuro caminho da radicalização”.

“As vítimas foram brutalmente assassinadas e feridas por um de seus companheiros de trabalho e sua esposa. Até o momento, não temos nenhuma evidência de que os assassinos fossem comandados por uma organização terrorista no exterior ou que fizessem parte de uma conspiração mais ampla aqui em casa”, explicou o presidente.

No entanto, Obama disse que “está claro” que os dois suspeitos foram pelo “obscuro caminho da radicalização” o qual, afirmou, representa “uma interpretação distorcida do Islã que convoca a guerra contra os Estados Unidos e o Ocidente”.

O presidente imprimiu solenidade em seu discurso ao usar o poder simbólico do Salão Oval como palco para falar ao país, algo muito pouco habitual no presidente americano.

EFE

Obama só fez no Salão Oval dois pronunciamentos formais durante sua presidência, a última delas em 2010 para anunciar o fim das operações de combate das tropas dos EUA no Iraque.

O presidente fez o discurso depois do massacre cometido na quarta-feira passada em San Bernardino pelo americano Syed Farook e sua esposa, a paquistanesa Tashfeen Malik, que entraram em um centro de ajuda para incapacitados e abriram fogo em uma festa que acontecia por ocasião do Natal.

O FBI investiga a radicalização dos autores do tiroteio, enquanto o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assegurou que os agressores eram dois de seus seguidores.

O pronunciamento de Obama foi transmitido em um momento de inquietação pública sobre a ameaça do EI em território americano, preocupação que também entrou com força na campanha para as eleições presidenciais de 2016.

Até o momento, o presidente não conseguiu convencer a opinião pública que tem uma estratégia viável para acabar com o EI.

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