Obama reitera que solução de dois Estados é “vital” para segurança de Israel

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 21h42

Camp David (EUA), 14 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta quinta-feira que a solução de dois Estados, um palestino e outro israelense, é “absolutamente vital” para a segurança de Israel, cujo novo governo, admitiu, inclui pessoas “que não necessariamente acreditam nessa premissa”.

“Continuo achando que uma solução de dois Estados é absolutamente vital, não só para a paz entre israelenses e palestinos, mas para a segurança a longo prazo de Israel”, ressaltou Obama à imprensa na residência presidencial de descanso de Camp David (Maryland), após a cúpula que realizou com líderes de seis países do Golfo Pérsico.

No entanto, Obama evitou responder a uma pergunta direta de um jornalista sobre sua postura perante o acordo anunciado nesta semana pelo Vaticano com “o Estado da Palestina”, no qual se apoia a solução de “dois Estados”.

Esse acordo, segundo o Vaticano, será assinado em um “futuro próximo” e poderia ajudar ao reconhecimento de uma Palestina “independente”.

A perspectiva de um acordo de paz entre israelenses e palestinos “parece distante agora”, admitiu hoje Obama, que acrescentou que sempre “é importante ter em mente o que é correto e o que é possível”.

Nessa linha, disse que o novo governo que acaba de ser formado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inclui pessoas que “não necessariamente acreditam” na premissa da solução de dois Estados.

Mas “essa continua sendo minha premissa”, ressaltou o presidente americano.

As relações entre Washington e Jerusalém se deterioraram nos últimos meses e recentemente os Estados Unidos anunciaram que revisariam sua relação com Israel, em particular no relativo ao conflito com os palestinos.

Obama antecipou em março que os Estados Unidos “farão uma avaliação” para decidir se apoia o reconhecimento no Conselho de Segurança da ONU de um Estado palestino, algo a que Washington se opôs durante décadas.

A decisão dos EUA de revisar sua postura na ONU se deve a comentários de Netanyahu antes de sua reeleição, quando afirmou que não haveria um Estado palestino se ele continuasse à frente do governo, algo do qual se retratou dois dias depois, mas que gerou uma profunda frustração na Casa Branca. EFE

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