Obama reúne apoios para reforçar sanções à Rússia por atuação na Ucrânia

  • Por Agência EFE
  • 07/06/2015 15h58
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EFE/George Frey Presidente dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, usou o discurso feito neste domingo (07) na cúpula do Grupo dos Sete (G7) para tentar reunir apoios em sua intenção de reforçar as sanções contra a Rússia e responder à agressão promovida por Moscou no leste da Ucrânia há mais de 15 meses.

A mensagem de Obama foi respaldada pela chanceler da e anfitriã do encontro, Angela Merkel, e pela União Europeia, especialmente depois do crescimento das tensões nos últimos dias.

As políticas do presidente da Rússia, Vladimir Putin, excluído há um ano do fórum por causa da anexação da península ucraniana da Crimeia, voltaram a ser o centro das discussões entre os principais países industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo.

Washington e Bruxelas foram aumentando as sanções a Moscou em uma tentativa de forçar a Rússia a recuar, mas aparentemente as punições não surtiram efeito. Elas acabaram causando prejuízos econômicos ao G28, especialmente nas exportações agrícolas.

Obama e Merkel, que tiveram uma reunião bilateral antes do início da cúpula, concordaram em vincular a duração das sanções à Rússia ao cumprimento do segundo acordo de Minsk, firmado em fevereiro por separatistas, ucranianos e russos com a intermediação da França e da Alemanha.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apoiou essa posição e afirmou que todos os países do G7 – EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão – apoiam “com firmeza a plena integridade territorial ucraniana, sua soberania e sua independência”.

Sobre a crise na Ucrânia, Obama também conversou antes do início do evento com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, para quem destacou “a importância de manter o regime de sanções” contra Moscou. O presidente americano afirmou que ainda acredita em uma solução pacífica e diplomática para resolver o conflito.

Obama também aproveitou o discurso para destacar que o objetivo da reunião era “debater sobre um futuro compartilhado, uma economia que cria emprego e oportunidades, e em manter uma União Europeia próspera e forte”, frase interpretada como uma referência à crise econômica vivida pela Grécia.

Washington expressou em várias ocasiões sua preocupação pela situação grega, pedindo a Atenas e aos credores internacionais flexibilidade para chegar a um acordo mais rápido possível.

O presidente americano também abordou outro assunto que interessa ao país e à UE: as negociações entre ambas as partes para concluir no próximo ano a ambiciosa Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP).

O pacto, que criará a maior zona de livre-comércio do mundo, vai impulsionar o crescimento econômico e o emprego, mas é muito criticado por ativistas e outras organizações que consideram que as negociações são realizadas de forma pouco transparente.

No aspecto bilateral, Obama e Merkel apararam as arestas surgidas nos últimos meses por causa de assuntos como a espionagem americana à líder alemã e outras personalidades do país.

Após participar de um evento com moradores da cidade de Krün, próxima ao palácio de Elmau, beber cerveja, comer salsichas e “pretzels”, ambos se esforçaram em deixar clara a amizade “inquebrável” entre Berlim e Washington.

“Hoje fazemos uma das alianças mais firmes que existem no mundo”, ressaltou Obama sobre os laços germânico-americanos, sem se referir à polêmica sobre a espionagem dos EUA em solo alemão.

Merkel concordou, afirmando que “apesar de nossas diferenças de opinião, os Estados Unidos são nossos amigos, nossos aliados, um parceiro essencial com o qual cooperamos estreitamente em interesse mútuo”. 

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