Obama se apresenta como líder de uma “ampla coalizão” para “destruir” EI

  • Por Agencia EFE
  • 11/09/2014 02h07
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Washington, 10 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu nesta quarta-feira que reuniu apoio internacional suficiente para liderar uma “ampla coalizão” que permitirá “destruir” o Estado Islâmico (EI), um esforço que levará “tempo” e que representa “riscos” para as forças militares envolvidas.

“Esta noite, com um novo governo iraquiano de pé, e após consultar nossos aliados no exterior e o Congresso aqui, posso anunciar que os EUA vão liderar uma ampla coalizão para fazer retroceder esta ameaça terrorista”, disse Obama em seu discurso à nação pronunciado na Casa Branca.

O presidente americano enfatizou que os Estados Unidos podem liderar a luta contra o EI, mas não vencer sozinho os terroristas e que devem se envolver de maneira especial os países árabes.

“Esta não é só uma luta nossa. O poder americano pode ter uma diferença decisiva, mas não podemos fazer pelos iraquianos o que eles devem fazer por eles mesmos; como também não podemos tomar o lugar dos aliados árabes na segurança da região”, disse.

“Especialmente (devem se envolver) as nações árabes que podem ajudar a mobilizar as comunidades sunitas no Iraque e na Síria para tirar a esses terroristas de suas terras”, acrescentou.

Obama anunciou que o secretário de Estado, John Kerry, continuará viajando nos próximos dias pelo Oriente Médio e pela Europa para somar mais aliados na luta contra o EI.

Após escutar o discurso presidencial, Kerry afirmou em comunicado que a coalizão internacional já está “bem encaminhada”, e que embora a liderança americana seja “indispensável”, a nação não pode “destruir” o EI sozinha.

Kerry visitou Bagdá de surpresa nesta quarta-feira e se mostrou confiante que a coalizão de países que está se formando para acabar com o EI “conseguirá eliminar a ameaça no Iraque, na região e no mundo”.

“Isto é a liderança americano em sua melhor versão: apoiamos os que lutam por sua própria liberdade e reunimos outras nações em prol da segurança de todos e do bem humanitário”, destacou hoje Obama no discurso.

Com a visita a Bagdá, Kerry quis mostrar a liderança que pretende desempenhar na coalizão internacional.

Amanhã acontece uma cúpula na cidade saudita de Jidá. O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, foi convidado pelo seu colega saudita, Saud al-Faisal, anunciou Kerry.

Também participarão Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia.

“A liderança americana é uma constante em um mundo incerto. São os Estados Unidos o país que tem a capacidade e a vontade de mobilizar o mundo contra os terroristas. São os Estados Unidos que reuniram o mundo contra a agressão russa em apoio ao direito do povo da Ucrânia de determinar seu próprio destino”, ressaltou Obama.

“Esta é nossa estratégia e em cada uma das partes da estratégia uma ampla coalizão de aliados nos acompanhará”, concluiu o presidente.

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