Obama se reúne com opositores cubanos antes de esperado encontro com Castro

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 20h52
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Cidade do Panamá, 10 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reuniu nesta sexta-feira no Panamá com opositores cubanos e líderes da sociedade civil de outros países antes de seu esperado encontro deste sábado com o presidente de Cuba, Raúl Castro, e afirmou que “as nações fortes não têm medo da sociedade civil”.

Obama ressaltou, entre aplausos, que quando seu país fala a favor de “alguém que está na prisão somente por questionar o poder, o faz porque é o correto”.

A sociedade civil é “a consciência de nossos países”, ressaltou Obama, ao anunciar o apoio dos Estados Unidos para que a sociedade civil tenha “um papel permanente” nas futuras Cúpulas das Américas.

“Acreditamos que os países fortes e bem-sucedidos precisam de sociedades civis fortes e dinâmicas”, enfatizou o líder americano, cujo discurso foi interrompido várias vezes por aplausos.

Obama aproveitou o fórum para defender a aproximação histórica entre os EUA e Cuba, e reiterou que seu objetivo fundamental é melhorar a vida dos cubanos, apesar das “diferenças” existentes entre os dois governos.

“Também somos diferentes de nossos aliados mais próximos e não há nada de ruim nisso”, ponderou.

“Somos respeitosos das diferenças entre nossos países”, disse Obama ao assegurar que “os tempos em que os Estados Unidos podiam interferir impunemente na região são coisa do passado”.

Hoje o presidente boliviano, Evo Morales, acusou os Estados Unidos de quererem “derrubar” o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, “por decreto”, porque não podem fazê-lo através de um golpe de Estado.

Em seu discurso no fórum, Obama falou genericamente dos “riscos” para os direitos humanos e as liberdades fundamentais que ainda existem na região e em outras partes do mundo, mas não mencionou especificamente casos de opositores venezuelanos ou dissidentes cubanos.

A Casa Branca expressou hoje sua preocupação com a “violência” contra dissidentes cubanos por causa dos incidentes de quarta-feira no Panamá e sustentou que isso é “incompatível” com o espírito de diálogo da Cúpula das Américas.

“Fomos muito claros de que vamos seguir denunciando as violações de direitos humanos e o uso da violência, tanto em Cuba como em todos os países onde isso acontecer”, comentou aos jornalistas o assessor adjunto de Segurança Nacional de Obama, Ben Rhodes.

A delegação cubana não participou da cerimônia de encerramento do Fórum da Sociedade Civil, à qual acudiram Obama e outros presidentes americanos, em protesto pela participação dos opositores cubanos, chamados por eles de “mercenários”. EFE

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