Obama só fará reforma migratória após eleições de novembro

  • Por Agencia EFE
  • 06/09/2014 14h45

Washington, 6 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, só tomará medidas executivas sobre a reforma migratória depois das eleições legislativas de novembro, informou neste sábado um funcionário da Casa Branca, que pediu anonimato.

“Devido à extrema politização deste assunto, o presidente acredita que seria prejudicial para a própria medida e as perspectivas a longo prazo de uma reforma migratória integral anunciar uma ação executiva antes das eleições”, afirmou o funcionário.

No entanto, a fonte explicou que Obama deseja fazer isso de maneira “sustentável”, por isso tomará medidas “antes do final do ano”.

O presidente cede deste modo às pressões dos legisladores democratas, que pediram para Obama atrasar qualquer medida sobre imigração para depois das eleições diante dos possíveis efeitos negativos que a proposta poderia ter nas eleições de novembro, quando serão renovados um terço do Senado e a Câmara dos Representantes.

Segundo as últimas pesquisas, os democratas, que controlam o Senado, encontram-se em uma situação apertada e poderiam perder a maioria na casa.

“O presidente confia em sua autoridade para atuar, e fará isso antes do fim do ano”, afirmou o funcionário.

Em junho, diante do bloqueio imposto por parte dos republicanos no Congresso, Obama assegurou que tomaria medidas executivas para reformar o sistema migratório antes do final de ano.

Obama disse então que perante a falta de ação do Congresso tomaria ações para destinar mais recursos para fronteira e encontrar uma forma para solucionar a situação dos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais do país.

Entre as medidas indicadas pelo presidente estão a extensão do alcance do programa de Ação Diferida (DACA), que protege jovens imigrantes ilegais da deportação, e a ampliação do número de cartões de residência (“green cards”) concedidos por ano no país.

No início de seu segundo mandato, Obama apontou a reforma migratória como uma de suas prioridades políticas, por isso o adiamento do programa gerará críticas entre os imigrantes, especialmente a comunidade hispânica. EFE

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