Obiang celebra 36° aniversário no poder com Guiné Equatorial em recessão

  • Por Agencia EFE
  • 03/08/2015 08h56

Redação Central, 3 “Agos” (EFE).- O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, celebra nesta segunda-feira seu 36° aniversário no poder, no pior ano da recessão econômica e ao mesmo tempo em que o país aparece na “lista negra” dos que traficam pessoas, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Guiné Equatorial, país motor econômico da Comunidade Econômica e Monetária da África Central (CEMAC), graças ao boom petroleiro no anos anteriores, conhece desde o ano passado sua primeira recessão como consequência da diminuição dos ingressos petrolíferos que neste ano terá uma queda de 8,5%, segundo vários organismos internacionais.

Empresas como Somaget, Arab Contratactor, Ecocsa, Buing, Sogea-Satom, entre outras, que há mais de um década têm encomendas de obras de infraestruturas, despediram milhares de trabalhadores por falta de novas obras.

Em novembro, o governo se reuniu com representantes de várias empresas para transferir sua vontade de “renegociar seus contratos em calendários de pagamentos e execução das obras”.

O país que experimentou um crescimento econômico de 30% em 1996, de 71,2% em 1997 e 22% em 1998, assim como 50% em 1999, 16,9% em 2000 e 65% em 2001, conheceu no ano passado uma evolução negativa com uma queda de 1,8%.

Guiné Equatorial aparece na “lista negra” do recente relatório sobre o tráfico de pessoas do Departamento de Estado que examinou a situação em 188 países do mundo e avalia o grau em que seus governos cumprem com os padrões de combatem essa praga baseado em uma lei americano de 2000.

Guiné Equatorial está atrás de países como Venezuela, Belize e, diante da Rússia, Irã, Coreia do Norte, Síria, Argélia, Burundi, República Centro-Africana, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Kuwait, Líbia, Mauritânia, Sudão do Sul, Tailândia, Iêmen, Zimbábue, Belarus, as ilhas Marshall e as Comores.

O XXXVI aniversário é celebrado quando o secretário-geral do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), Jerónimo Osa Osa Ecoro, afirma que “a permanência de 36 anos de nosso presidente fundador e chefe de Estado, Obiang Nguema Mbasogo nos permitiu viver uma estabilidade social sem igual, inédita em nossa história”.

O número dois do partido que o próprio Obiang, de 73 anos, fundou em 1986, sustenta que “nestes 36 anos, foi instaurado um sistema democrático inicialmente monopartidarista, mas atualmente pluripartidarista: na Guiné Equatorial convivem pelo menos 13 partidos da oposição, alguns deles muito críticos com nosso sistema e nosso presidente”.

As celebrações do 36° aniversário do “golpe de liberdade” ocorrem na na cidade de Djibloho, na província de Wele-Nzas, parte continental de Rio Muni, e onde está previsto um desfile militar e popular. EFE

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