Objetos são vistos em nova área de buscas por avião desaparecido
Sydney (Austrália), 29 mar (EFE).- Cinco aeronaves que participam das buscas pelo avião malaio desaparecido avistaram vários objetos de diversas cores em frente ao litoral da cidade de Perth, no oeste da Austrália, informaram neste sábado fontes oficiais.
“Os objetos não podem ser confirmados ou descartados como parte do MH370 até que sejam localizados e recolhidos pelos navios”, informou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, sigla em inglês) em comunicado.
A autoridade australiana, que coordena os trabalhos internacionais de busca no Oceano Índico, detalhou que frequentemente são encontrados nessa área objetos relacionados com a atividade pesqueira.
A AMSA também informou que as condições meteorológicas serão favoráveis para as buscas, das quais participam oito aviões, no começo do dia, mas que depois devem piorar.
O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse à imprensa na cidade de Sydney que um equipamento para recuperar a caixa-preta está a ponto de ser embarcado em um navio da Marinha que partirá do porto de Perth.
O aparelho “será levado até a área de buscas e se houver um bom motivo para ser utilizado, ele será utilizado”, comentou Abbott em declarações citadas pela agência local “AAP”.
Um novo navio chinês chegou à nova área de buscas, que foi designada ontem após novas informações, está a cerca de 1.850 quilômetros ao oeste de Perth e tem aproximadamente 319 mil quilômetros quadrados. Espera-se que outras cinco embarcações cheguem ao local ao longo do dia.
O general de divisão da Aeronáutica da Nova Zelândia, Kevin Short, detalhou que ontem um avião do país avistou 11 objetos a cerca de 1,6 mil quilômetros ao oeste da cidade de Perth.
“É difícil a identificação porque tudo o que se vê são peças retangulares de um metro” e que estão cerca de cinco metros de distância umas das outras, comentou Short.
As autoridades trabalham contra o relógio para encontrar a caixa-preta do avião nesta nova área de buscas e recuperar os registros da aeronave antes que o equipamento fique sem bateria. A AMSA decidiu mudar a área de buscas depois que recebeu ontem novas análises de especialistas na Malásia.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo rumo a Pequim na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois da decolagem.
Embarcaram na aeronave 153 chineses, 50 malaios (incluídos os 12 tripulantes), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos que utilizaram passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.
A análise das informações de radares e satélites levou os especialistas à conclusão que o Boeing mudou de rota e acabou no sul do Oceano Índico, em um lugar distante do continente e que não oferece esperanças de sobreviventes. EFE
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