OEA abre 45ª Assembleia Geral com renovação como tema central
Washington, 15 jun (EFE).- A Organização dos Estados Americanos (OEA) inaugurou sua 45ª Assembleia Geral, uma reunião que neste ano está centrada na renovação do organismo e é realizada na sede de Washington após a desistência do Haiti de acolhê-la.
A reunião continental começou com um discurso de 12 minutos do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que se comprometeu a trabalhar pelos direitos humanos, a ouvir todos os lados e que lutará pela legimitidade da organização.
“Como secretário-geral da OEA, sou governo e sou oposição”, disse Almagro no início da 45ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O titular da OEA considerou que seu cargo, que assumiu em 26 de maio, o obriga a ser “o maior defensor dos direitos” e também dos “que não têm voz, dos discriminados, dos que sofrem com a falta de proteção de seus direitos”.
“A democracia e os direitos humanos são valores que estão acima da política. Me importa tanto o meu direito a dizer minha verdade como o direito do meu opositor a dizer a sua”, sustentou Almagro.
Almagro, que tomou posse em 26 de maio, tem como um de seus principais objetivos de mandato que a OEA recupere legitimidade no contexto da ascensão de outras alianças regionais como a União de Nações Sul-americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
O tema desta assembleia é “O presente e o futuro da OEA”, ou seja, a profunda reforma reivindicada há anos desde dentro e fora de uma organização cuja relevância ficou minguada frente à ascensão de outros organismos regionais.
O tema da renovação, proposto pela Missão do Uruguai, é também a bandeira com a qual Luis Almagro, ex-chanceler desse país, assumiu a liderança da OEA.
Em um encontro sem declaração final, já que esse texto é derivado do tema proposto pelo país anfitrião (que não há neste ano), o acordo mais importante será uma resolução já pactada na qual a Assembleia, o principal órgão da OEA, entrega ao Conselho Permanente o poder para executar reformas na Secretaria-Geral.
Além dos discursos públicos, os consensos sobre como materializar a renovação do organismo serão discutidos nas reuniões privadas Almagro manterá na Assembleia com o conjunto de delegações dos 34 países-membros ativos, todos os do continente menos Cuba.
EFE
cg/ff
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