OEA celebra “anúncio histórico” de retomada de relações entre EUA e Cuba
Washington, 17 dez (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, celebrou nesta quarta-feira o “anúncio histórico” dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, para iniciar um processo de retomada das relações diplomáticas entre os dois países.
Em comunicado emitido em Washington, Insulza cumprimentou Obama “por ter dado este histórico passo, tão necessários como corajoso, para restabelecer relações diplomáticas interrompidas em 1961”.
“Trata-se de uma decisão de enorme amplitude de visão de ambas as partes, porque este conflito, que tem grandes repercussões negativas para os cidadãos dos dois países, estava há tempo demais estagnado em nível político”.
O líder da OEA advertiu que “as medidas anunciadas hoje abrem uma via de normalização que já não tem volta”, e pediu que o Congresso americano “adote as medidas legislativas necessárias para suspender o embargo contra Cuba, que ainda permanece em vigor”.
Obama “foi claro sobre a necessidade de mudar uma política que durante 50 anos não produziu benefícios nem deu resultados, e só complicou a vida de milhões de cidadãos. Esperamos que o Congresso também entenda assim”, ressaltou.
Além disso, Insulza lembrou a decisão da OEA, adotada unanimemente por todos os Estados-membros, de deixar sem efeito a suspensão de Cuba como membro ativo da organização, adotada em 2009 na Assembleia Geral realizada em San Pedro Sula, em Honduras.
Ele expressou a esperança de que as expectativas que se abrem para o sucesso da próxima Sétima Cúpula das Américas no Panamá “sejam totalmente cumpridas”.
O chefe da OEA também demonstrou alegria com a libertação do prestador de serviços americano Alan Gross e de três agentes cubanos dos Cinco, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero.
Essas prisões, ressaltou, “foram produto de um passado que não deve voltar”. EFE
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