OEA descarta convocar chanceleres por situação da Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 07/03/2014 01h43
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Washington, 6 mar (EFE).- O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), reunido em sessão extraordinária para discutir sobre a situação na Venezuela, descartou a possibilidade de convocar nesta quinta-feira uma reunião de consulta dos chanceleres do continente, segundo fontes diplomáticas.

Após quase cinco horas de reunião em Washington, os embaixadores dos Estados-membros descartaram por falta de consenso a proposta colocada pelo Panamá, que solicitou o encontro há mais de uma semana para debater sobre a possibilidade de convocação dos ministros das Relações Exteriores.

A ideia que parece mais provável é a de emitir uma declaração conjunta pedindo diálogo na Venezuela.

Os embaixadores negociam sobre a base de um projeto de declaração apresentado pela Bolívia, ao qual podem ser acrescentadas emendas.

Um grupo de oito países, entre eles Chile, Colômbia, México e Peru, propõem uma série de emendas para solicitar um diálogo com garantias para todas as partes e do qual a OEA possa fazer um “acompanhamento” através de relatórios periódicos, segundo fontes ligadas às conversas.

Esse mecanismo de acompanhamento incluiria a possibilidade de que, caso os relatórios revelem uma especial “gravidade” da situação, seja reaberta a opção de convocar uma reunião de consulta dos chanceleres, de acordo com as mesmas fontes.

Outra alternativa que não parece reunir consenso suficiente é a de enviar uma missão observadora à Venezuela, algo que, segundo o secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, nenhum país membro propôs formalmente.

Insulza disse aos jornalistas que, na sua opinião, os embaixadores não “vão condenar absolutamente ninguém”, e que as “maiores diferenças” giram em torno da “importância que se dá ao diálogo que está ocorrendo agora” na Venezuela.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou um diálogo nacional para solucionar a crise.

A Venezuela vive uma onda de protestos desde o dia 12 de fevereiro contra o governo de Maduro, que em alguns casos desembocaram em incidentes de violência com um saldo de 19 mortos, mais de 300 feridos e centenas de detidos. EFE

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