OEA pede “diálogo direto” entre Colômbia e Venezuela sobre deportados
Bogotá, 24 ago (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, advogou nesta segunda-feira por um “diálogo direto” entre Colômbia e Venezuela para tratar a situação dos colombianos deportados desde esse país, que nos últimos dias somaram 751 pessoas, entre eles 139 menores de idade.
“Estimamos que o diálogo direto entre as partes é o instrumento fundamental para resolver este tema”, declarou Almagro em um breve comparecimento perante a imprensa depois de se reunir em Bogotá com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Almagro, que se encontra desde sexta-feira no país para uma visita de quatro dias, indicou que este é um tema de “particular interesse para a Organização dos Estados Americanos”.
O ex-chanceler uruguaio disse que Santos se referiu durante seu encontro à situação dos deportados colombianos desde a Venezuela, “tendo como objetivo fundamental a base de diálogo e de diplomacia para solucionar este tema”.
Segundo o diplomata, o líder colombiano expressou “sua preocupação e a necessidade de implementar soluções que garantam os procedimentos e os direitos dos colombianos na Venezuela”.
Fontes oficiais confirmaram hoje que pelo menos 612 colombianos adultos foram deportados da Venezuela e 139 menores repatriados pelo governo após o fechamento da fronteira comum e as medidas de exceção ordenadas pelo presidente desse país, Nicolás Maduro.
As 751 pessoas estão sendo atendidas em Cúcuta, capital do departamento colombiano de Norte de Santander, limítrofe com as cidades venezuelanas de Ureña e San Antonio, no estado Táchira.
A ministra colombiana de Relações Exteriores, María Ángela Holguín, chegou hoje a Cúcuta para liderar junto a seu colega de Interior, Juan Fernando Cristo, os trabalhos de um Posto de Comando Unificado criado pelo governo colombiano para fazer frente à crise humanitária causada pelo fechamento da fronteira.
Maduro anunciou na quarta-feira o fechamento, durante 72 horas, da fronteira entre Cúcuta e San Antonio por causa de um ataque contra militares desse país, que deixou três uniformizados e um civil feridos.
Na sexta-feira, antes do término do fechamento fronteiriço, o governante venezuelano declarou estado de exceção em Táchira por 60 dias prorrogáveis e por causa dessa medida começaram a chegar a Cúcuta dezenas de colombianos deportados por serem imigrantes ilegais, segundo as autoridades do país vizinho. EFE
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