Oito pessoas morrem por dia em consequência da aids no Estado de SP
Oito pessoas morrem por dia em consequência da Aids no Estado de São Paulo e a transmissão do vírus tem crescido principalmente entre os homens gays. De acordo com o Centro de Referência e Tratamento DST Aids, as mortes ocorrem principalmente porque o diagnóstico é feito tarde demais.
Ainda segundo o órgão, a epidemia entre homens que fazem sexo com homens tem se elevado a patamares comparáveis aos do fim dos anos 1980.
O coordenador-adjunto do programa de DST Aids do Estado, Artur Kalichman, disse que esse panorama tem piorado por falta de uso de camisinha.
“Infelizmente a epidemia tem crescido, principalmente entre os jovens. E principalmente entre os jovens gays, homens que fazem sexo com homens. Era um grupo que usava muito preservativo e, ao que parece, mais recentemente isso tem mudado. Usavam mais preservativos que os heterossexuais e hoje, infelizmente, temos que mudar e pensar novas formas de prevenção”, afirmou.
Todos os terminais de ônibus urbanos da capital paulista contam agora com um local para a retirada de camisinhas gratuitas.
O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, chamou a atenção para o fato de que o crescimento dos casos está ocorrendo no centro da cidade. “A área onde nós encontramos a maior detecção atual dos casos de aids na cidade de São Paulo é no centro. Além do público mais jovem, em geral, nós temos ações direcionadas para o público travesti, transgêneros, população mais pobre que vive no centro da cidade. É exatamente onde a gente tem encontrado uma taxa mais alta de detecção”, explicou.
O município e o Estado tentam alcançar as chamadas metas 90-90-90 propostas pelas Nações Unidas. Elas propõem que 90% das pessoas vivendo com HIV tenham diagnóstico; 90% em tratamento e 90% com carga viral indetectável.
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