OMS adverte que redução de voos dificultará combate ao ebola
Genebra, 25 ago (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta segunda-feira que a redução de voos ou cancelamento de rotas aéreas aos países afetados pelo surto do vírus do ebola dificultará a luta contra a epidemia.
“A redução dos voos para Freetown (capital de Serra Leoa, um dos focos da epidemia) terá um grande impacto na capacidade para trazer equipe e material para responder ao ebola. Podemos suspender outros programar durante vários meses para nos focarmos apenas no ebola, mas, para isso, precisamos trazer reforços, e isso só será alcançado se os voos voltarem”, disse David McLachlan-Karr, coordenador residente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Serra Leoa, citado em comunicado.
Durante os últimos dois dias, o governo do país se reuniu em Serra Leoa com representantes de diferentes organismos das Nações Unidas. Nele, a ONU se comprometeu a aumentar significativamente os esforços para conter a epidemia.
“Esta epidemia ainda avança em muitos lugares do país. Nosso compromisso em Serra Leoa é aumentar tudo o que a ONU está fazendo para conseguir a resposta necessária”, disse por sua vez David Nabarro, coordenador especial do secretário-geral da ONU na luta contra o ebola.
Nos próximos dias, a delegação da ONU fará um plano estratégico detalhado do que fazer para tentar acabar com o surto, que continua fazendo vítimas no país. Até ontem, 24 de agosto, Serra Leoa registrava 639 mortes, dos 904 infectados com ebola.
“A situação continua sendo um grande desafio. Faremos todo o possível para acabar com o surto e ajudar o país a voltar à normalidade”, se comprometeu o diretor-geral adjunto da OMS, Keiji Fukuda.
O balanço de mortos por ebola nos quatro países afetados – Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria – é de 1.427, de 2.615 infectados. A própria OMS reconheceu que a estatística não reflete a realidade e subestima o alcance da doença, por isso está tentando, auxiliada por especialistas no país, obter números mais concretos do que realmente ocorre.
Além disso, ontem a República Democrática do Congo (RDC) confirmou a presença de ebola em seu território, apesar das autoridades do país desvincularem este surto do que surgiu em março na África Ocidental. EFE
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