OMS aumenta para 6 meses período de sexo seguro para evitar contágio da zika

  • Por EFE
  • 06/09/2016 13h58
Cynthia Goldsmith / CDC Imagem de microscópio eletrônico do vírus da zika (pontos pretos) em tecido humano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou, nesta terça-feira, 6, de oito semanas para seis meses o período em que as pessoas que retornam de um país onde existe transmissão do vírus da zika devem praticar sexo seguro para evitar o contágio de terceiros.

Esta recomendação se estende a todas as pessoas -homens e mulheres- e não só àqueles casais que estão pensando em conceber um filho, especificou a OMS em comunicado.

A agência sanitária das Nações Unidas atualizou as recomendações sobre a prevenção da transmissão sexual do vírus e especificou que esta diretriz deve ser aplicada a todos os retornados, apresentando sintomas ou não.

A respeito das pessoas que vivem em lugares onde há transmissão ativa do vírus, a OMS recomenda que tanto os homens como as mulheres sexualmente ativos “sejam aconselhados corretamente e que seja oferecida toda a gama de métodos anticoncepcionais disponíveis para que sejam capazes de tomar uma decisão informada sobre se querem gerir um bebê e quando”.

O objetivo é que todas as pessoas sejam conscientes da possibilidade de gerar um bebê que apresente alterações neurológicas com efeitos devastadores para seu desenvolvimento.

A atual epidemia, que já afeta mais de 60 países, começou no Brasil, no final de 2014, e foi ali onde foram detectados os primeiros casos de más-formações congênitas, especialmente microcefalia em recém-nascidos.

Essa má-formação foi detectada em outros países, mas não com a incidência que no Brasil.

Na semana passada, o Comitê de Emergências da OMS decidiu que a epidemia do vírus da zika segue constituindo uma emergência sanitária de alcance internacional, dada sua contínua expansão geográfica e as amplas lacunas sobre seus efeitos neurológicos. 

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