OMS declara fim do surto de ebola na África ocidental

  • Por EFE
  • 14/01/2016 10h35
  • BlueSky

Agentes de saúde ajudam um paciente vítima de Ebola que tem alucinações

EFE Ebola

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (14) o fim do surto de ebola que se prolongou durante dois anos na África Ocidental, mas advertiu que há riscos de que aconteçam mais casos nos próximos meses.

“Todas as cadeias de transmissão (do vírus) conhecidas foram detidas na África Ocidental”, disse o diretor de Gestão de Emergência e Resposta Humanitária da organização, Rick Brennan.

Pela primeira vez desde que se detectou o primeiro caso desta epidemia, em dezembro de 2013, todas as cadeias de contágio foram interrompidas nos três países afetados pela epidemia: Libéria, Guiné e Serra Leoa.

“Hoje é um bom dia… Parabenizamos os povos, governos e o pessoal de saúde que lutou contra o maior e mais complexo surto de ebola já visto e ao qual responderam conjuntamente os países afetados e a comunidade internacional”, disse Brennan.

O anúncio foi feito ao se completar os 42 dias desde que os exames feitos na última pessoa infectada na Libéria deram resultado negativo duas vezes consecutivas, o que permitiu declarar o país livre de ebola.

A Guiné foi declarada livre de ebola no dia 29 de dezembro e Serra Leoa, em 7 de novembro do ano passado.

No entanto, a OMS considera que “o trabalho não está terminado” porque os três países “enfrentam um alto risco de pequenos focos adicionais” da doença.

Após colocar sob controle a doença foram registrados dez casos – quatro na Libéria, três na Guiné e três em Serra Leoa – que não faziam parte do surto original, que causou a pior epidemia de ebola desde que esta doença foi descoberta, há mais de 40 anos.

A epidemia causou mais de 28 mil casos de pessoas infectadas, das quais 11.300 morreram, e provocou um grave impacto econômico e social nos países afetados.

Brennan reconheceu que provavelmente esses números estão subestimados.

A epidemia causou o colapso dos serviços de saúde na Libéria, Guiné e Serra Leoa, que estavam mal preparados para uma emergência de tal magnitude.

Quando a epidemia começou e durante vários meses, a taxa de mortalidade ficou na casa dos 80%, mas quando a OMS começou a apoiar os países maciçamente e os centros de tratamento para ebola foram gradualmente instalados, esta taxa caiu para 60% ou menos.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.