OMS declara que atual epidemia de ebola é a mais grave da história
Genebra, 26 jun (EFE).- A atual epidemia de ebola na África é a mais grave já registrada devido ao número de pessoas infectadas, de mortos e por sua distribuição geográfica em três países simultaneamente, alertou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O organismo reconheceu estar preocupado pelo potencial de propagação internacional do vírus a partir dos três países onde se detectaram casos até agora: Guiné, Libéria e Serra Leoa.
A doença causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.
“Não se trata de uma epidemia específica de um país, mas de uma crise sub-regional que requer uma ação firme dos governos e outras entidades”, disse hoje o diretor regional da OMS para a África, Luis Sambo.
“A OMS está alarmada pela transmissão atual da epidemia aos países vizinhos, assim como por seu potencial de propagação internacional posterior”, afirmou o especialista.
A organização enviou 150 especialistas para a região para trabalhar em atividades como vigilância epidemiológica, comunicação, mobilização social, luta contra a infecção, logística e gestão de dados.
Apesar disso, o número de doentes e mortos aumenta a cada dia, enquanto os distritos afetados aumentaram nas últimas três semanas.
Segundo os últimos dados, até o dia 23 tinham sido registrados 635 casos e 399 mortes, sendo 396 e 280 em Guiné; 176 e 46 na Libéria; e 63 e 41 em Serra Leoa.
Diante da gravidade da situação e da necessidade de coordenar esforços, a OMS confirmou que convocou os ministros de saúde de onze países africanos para uma reunião especial em Gana na semana que vem.
O objetivo é adotar decisões coletivas para solucionar a crise sanitária e coordenar medidas entre os países afetados.
O contágio da doença se produz por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. EFE
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