OMS declara zika vírus como emergência de saúde pública internacional

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2016 16h40
Paraná promove mobilização contra o mosquito da dengue nesta quarta-feira, 09/12. Curitiba, 08/12/2015 Foto: Venilton Kuchler / ANPr Venilton Kuchler/ANPr Dengue

O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reuniu nesta segunda-feira (01) através de teleconferência e declarou que a disseminação do zika vírus se tornou uma emergência de saúde pública internacional.

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa em Genebra, após a primeira reunião do Comitê de Emergência sobre zika vírus da OMS. A organização afirmou que é necessária uma resposta internacional coordenada para o combate ao vírus.

A decisão de convocar o Comitê foi tomada na semana passada pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan, após detectar “o explosivo” crescimento dos casos de zika e a possível relação com a microcefalia.

De acordo com a diretora, a falta de vacina e testes confiáveis, bem como a falta de imunidade na população de países afetados são fatores preocupantes a serem levados em consideração.

Segundo a OMS, o vírus está presente, atualmente, em 24 países e territórios e no Brasil, o mais afetado pela epidemia, já que há um milhão e meio de casos da doença e 4.180 bebês nascidos com microcefalia.

Exceto o Brasil, nenhum outro país afetado no continente americano detectou até agora essa relação, mas isso pode se dever ao fato de as más-formações serem intrauterinas e, em alguns casos, não serem detectados antes do nascimento.

De fato, houve uma epidemia de zika na Polinésia Francesa em 2013 e agora, estão sendo realizados estudos que apontariam ao fato que houve casos de microcefalia e de bebês nascidos com a síndrome de Guillain-Barré.

A OMS estima que o vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, pode infectar até 4 milhões de pessoas em toda a região. Por enquanto, não existe vacina ou tratamento contra um vírus que foi descoberto nos anos 50 na Floresta Zika, em Uganda.

*Com informações de Agência EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.