Onda de frio na Bolívia mata cinco pessoas e 600 cabeças de gado

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2014 21h54

La Paz, 27 mai (EFE).- O número de pessoas mortas por conta da onda de frio que castiga a Bolívia desde sexta-feira subiu para cinco, enquanto criadores de gado do nordeste do país reportaram nesta terça-feira a morte de mais de 600 cabeças de gado pelos mesmos motivos.

A polícia achou nas últimas horas os corpos de dois indigentes que morreram por hipotermia em diferentes pontos da cidade de El Alto, vizinha de La Paz, disse os meios o chefe regional da Força Especial de Luta contra o crime, coronel Adolfo Cárdenas.

Estas mortes se somam às três registradas na sexta-feira, duas deles na cidade de Santa Cruz, onde as temperaturas desceram de 23 a 8 graus centígrados devido à onda de frio que chegou na Bolívia desde Argentina.

A outra vítima é um professor que perdeu a vida por hipotermia na mesma sexta-feira enquanto esperava um ônibus para viajar desde o povo de Colquechaca até a cidade de Potosí (sudoeste).

Enquanto isso, o gerente da Federação de Criadores de gado das regiões nortistas de Beni e Pando, Carmelo Arteaga, assinalou hoje que mais de 600 cabeças de gado morreram por causa do frio e alertou que o número poderia aumentar, segundo a agência estatal ABI.

Esse setor foi afetado fortemente pelas chuvas e inundações de princípios de ano, que deixaram umas 200.000 cabeças de gado mortas em Beni, a principal região produtora de carne do país.

Segundo Arteaga, a situação dos criadores de gado se tornou complicada, por isso que será necessário replanejar as ações estipuladas com o governo após as inundações para atender ao setor pecuário.

O Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia tinha assinalado que o “frente frio”, originado no Polo Sul e chamado “surazo” no leste da Bolívia, sairia ontem do território nacional pelo norte, fronteiriço com o Brasil e Peru, por isso que as temperaturas começarão a melhorar paulatinamente no oriente do país.

A temperatura mais baixa na sexta-feira foi registrada na região andina de Potosí, perto da fronteira com o Chile, onde chegou aos 16 graus sob zero. EFE

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