Onda de violência em El Salvador tem pelo menos 67 mortes desde a 6ª feira

  • Por Agencia EFE
  • 17/08/2015 22h37
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San Salvador, 17 ago (EFE).- El Salvador vive uma onda de violência evidenciada por pelo menos 67 homicídios ocorridos entre a última sexta-feira e a tarde desta segunda, uma situação que autoridades e especialistas em segurança atribuem a uma “guerra” entre o governo e o crime organizado.

O número mais alto de mortes neste período foi registrado ontem, quando houve 28 mortes violentas, 11 delas de criminosos que morreram em confrontos armados com policiais e soldados do exército.

Na sexta, foram computadas 21 mortes, outras nove no sábado e mais nove nesta segunda-feira, segundo dados da Procuradoria Geral e a Polícia Nacional Civil (PNC).

O diretor-geral da PNC, Mauricio Landaverde, disse que durante o fim de semana ocorreram sete confrontos armados entre forças de segurança e quadrilhas.

O dia mais violento deste ano continua a ser 11 de junho, quando foram registrados 40 assassinatos, seguido por 10 de agosto e 1º de junho, com 37 e 35 mortes violentas, respectivamente, de acordo com o Instituto Médico Legal (IML).

O diretor do órgão, Miguel Forte Magaña, disse à imprensa local que a média diária de homicídios em agosto é superior a 25, por isso o mês pode terminar com saldo de 425 assassinatos.

O número de homicídios “não está caindo, mas aumentando em agosto”, alertou.

Diferentes setores da sociedade salvadorenha destacam que o governo e as quadrilhas vivem uma “guerra tácita”.

O porta-voz do governo salvadorenho, Eugenio Niñas, disse que “grupos criminosos decidiram declarar guerra ao Estado” e à “população”.

Por sua vez, Raúl Mijango, ex-mediador de uma trégua entre quadrilhas iniciada em 2012 e que chegou a reduzir de 12 para 5 a média diária de crimes, disse à Agência Efe que a “declaração de guerra” veio do governo.

A última queda de braço entre as partes ocorreu no final de julho, quando a facção Revolucionários da quadrilha Barrio 18 “impôs” uma greve no serviço de transporte por quatro dias consecutivos. Neste período foram assassinados sete motoristas supostamente por se negarem a deixar de trabalhar. EFE

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