ONG denuncia que 30 pessoas foram detidas por “panelaço” contra Maduro

  • Por EFE
  • 03/09/2016 19h12
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EFE Protesto na Venezuela contra Nicolas Maduro - EFE

Pelo menos 30 pessoas foram detidas na Ilha de Margarita, no norte da Venezuela, por protestarem com um “panelaço” durante a passagem da comitiva do presidente Nicolás Maduro na comunidade de Villa Rosa, informou neste sábado (3) a ONG Foro Penal Venezolano (FPV).

“Até agora, mais de 30 pessoas foram detidas pelo SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) em Nueva Esparta como resultado do incidente em Villa Rosa”, informou o diretor-executivo do FPV no Twitter.

As detenções ocorreram ontem durante a passagem do chefe de Estado venezuelano na comunidade de Villa Rosa, no estado de Nueva Esparta, após a entrega de casas populares, quando dezenas de cidadãos repreenderam Maduro com reivindicações, insultos e batendo nas panelas em protesto pela presença do líder.

Vários vídeos do incidente divulgados por dirigentes da oposição ao chavismo mostram os manifestantes cercando a caravana presidencial em que estava Maduro, e este tentando conversar com a população.

“O povo te odeia Nicolás Maduro. Nem que você mande atropelar ou prender as pessoas você conseguirá”, afirmou o ex-candidato presidencial e atual governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, nessa mesma rede social junto com um vídeo do ocorrido.

“Já dissemos antes, Maduro não visita nenhuma comunidade há anos, o povo odeia ele e ontem à noite deixou isso claro com o panelaço”, indicou o político opositor em outra mensagem.

O protesto contra o presidente acontece a menos de duas semanas da 17ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados, que acontecerá nessa ilha caribenha, na qual a Venezuela será a anfitriã para receber a presidência do movimento.

A oposição venezuelana denunciou a situação que, segundo ela, vive a ilha do Caribe que, assim como o resto do país, enfrenta graves problemas de distribuição de água, insegurança e escassez de alimentos.

O protesto em Ilha de Margarita acontece quase dois dias depois que a oposição mobilizou uma grande manifestação em Caracas para, entre outras coisas, exigir que o Poder Eleitoral marque uma data para realizar o referendo revogatório da presidência de Maduro.

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