ONG pede envio de cartas a governo do Marrocos para libertação de jornalista

  • Por Agencia EFE
  • 29/05/2015 15h25

Rabat, 29 mai (EFE).- A organização Anistia Internacional pediu nesta sexta-feira em comunicado a seus membros e apoiadores que sejam enviadas cartas ao governo do Marrocos para libertar o jornalista Hicham Mansuri, condenado a dez meses de prisão por “adultério” com uma mulher casada, embora separada.

Mansuri, que trabalhava para a Associação Marroquina de Jornalistas Investigativos, foi preso no dia 17 de março na companhia da namorada e julgado por adultério (punido expressamente pelo Código Penal marroquino). No dia 30 de março, ambos foram condenados a dez meses de reclusão, pena confirmada em 27 de maio.

Para a ONG, Mansuri não teve direito a um julgamento que respeitasse os padrões internacionais, pois não foi autorizado a apresentar testemunhas, entre outros fatores.

A Anistia Internacional “teme que Mansuri esteja sendo punido por trabalhar com jornalistas sem complexos e intelectuais em sua associação”, uma ONG que promove a investigação de casos de corrupção e outros crimes graves cometidos por políticos, funcionários e empresas.

Além disso, a organização critica as leis marroquinas contra o adultério por penalizar relações sexuais consentidas entre adultos e por “violar o direito à intimidade e outros direitos humanos”.

A ONG pede que sejam enviadas cartas aos ministros de Justiça e de Comunicação e ao Conselho Nacional de Direitos Humanos exigindo “a libertação imediata e incondicional” de Mansuri, assim como as garantias de que todos os que trabalham pela liberdade de expressão não serão perseguidos ou alvo de represálias. EFE

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