ONGs e sindicatos exigem mais respeito ao direito trabalhista da Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 19/07/2015 03h07
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Bangcoc, 19 jul (EFE).- Cerca de 30 ONGs e sindicatos exigiram neste domingo através de um comunicado um maior respeito do direito trabalhista ao governo da Tailândia, país governado por uma junta militar desde o dia 22 de maio de 2014.

“As autoridades tailandesas devem demonstrar que não fazem vista grossa às ilegalidades. Exigimos ao governo tailandês que leve a companhia Natural Fruit Co. aos tribunais por violações dos direitos trabalhistas”, expôs a diretora-executiva da Finnwatch, Sonja Vartiala.

Este comunicado surgiu na véspera de terminar a audiência preliminar no processo contra o investigador e ativista Andy Hall, acusado pela empresa Natural Fruit Co. de difamação criminosa e delitos de informática.

Hall, que trabalhou como investigador da organização Finnwatch, publicou em 2013 um relatório no qual denunciava as más condições trabalhistas da empresa Natural Fruit Co., uma das maiores exportadoras de frutas da Tailândia.

Segundo o investigador, uma das fábricas propriedade da empresa frutícola empregava centenas de imigrantes birmaneses, alguns deles menores de idade, retia-lhes o passaporte e lhes pagava um salário inferior ao mínimo imposto pelo governo tailandês.

A Natural Fruit Co. apresentou, desde fevereiro de 2013 até o momento, quatro acusações penais e civis contra Hall.

“As acusações contra Andy Hall sobre as entrevistas aos trabalhadores para o relatório, são ridículas. A Finnwatch tem a responsabilidade da publicação e o conteúdo do relatório”, afirmou no comunicado Vartiala.

“A Tailândia continua acossando um defensor dos direitos humanos apesar da sentença judicial e de sua obrigação de defender a liberdade de expressão”, ressaltou Vartiala no escrito que pediu às autoridades tailandesas para pôr um fim ao assédio contra os defensores dos direitos humanos. EFE

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