ONU adverte que a situação segue piorando no leste da Ucrânia
Nações Unidas, 21 mai (EFE).- A ONU advertiu nesta quarta-feira que a situação dos direitos humanos no leste da Ucrânia segue piorando e advertiu que, se a deterioração continuar, pode ocorrer um grande deslocamento de população dessa região do país.
Assim afirmou aos jornalistas o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, após comparecer perante o Conselho de Segurança em uma sessão a portas fechadas.
Segundo Simonovic, pelo menos 127 pessoas morreram pela violência no leste da Ucrânia, onde aconteceram “várias violações” dos direitos humanos, entre elas detenções ilegais e sequestros de jornalistas e membros das comissões eleitorais.
Além disso, se está vivendo também um aumento da delinquência comum, o que, junto ao risco de crescentes problemas na provisão de serviços sociais, contribui para agravar a situação.
“Se a situação piora é provável que haja uma onda de pessoas deslocadas do leste”, advertiu Simonovic, que visitou recentemente a Ucrânia.
O responsável da ONU reiterou os elementos principais do último relatório elaborado pelas Nações Unidas sobre o país, no qual se advertia da anarquia crescente nas regiões orientais e da atmosfera de perseguição contra informadores, ativistas ou políticos.
Perguntado pelas eleições presidenciais do domingo, Simonovic reconheceu que o clima “não é propício” e que os sequestros e a intimidação a membros de comissões eleitorais dificultam sua realização no leste.
Até agora, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu que os pleitos podem ser um passo positivo para terminar com a crise no país, apesar de que, por enquanto, a Rússia não esclareceu reconhecerá seus resultados.
Hoje, o embaixador russo perante Nações Unidas, Vitaly Churkin, manteve essa incerteza e assegurou que Moscou se pronunciará uma vez que tenham se realizado as eleições.
Churkin, em todo caso, pôs em dúvida que possam acontecer pleitos de forma adequada quando cidades como Slaviansk sofrem “bombardeios” por parte das forças de segurança ucranianas. EFE
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