ONU confirma ataques contra 2 posições nas Colinas de Golã
Nações Unidas, 30 ago (EFE).- A ONU confirmou que dois postos das forças de paz nas Colinas de Golã, entre Síria e Israel, foram atacados neste sábado, embora não haja informações sobre possíveis vítimas entre os membros dos destacamentos.
Os ataques contra os dois postos forçaram a fuga de 32 “boinas azuis” filipinos que se encontravam em uma das posições e que agora “estão salvos”, informou o escritório de imprensa do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
No entanto, ainda seguem detidos 44 soldados fijianos da força de paz, capturados por um grupo radical islamita na última quinta-feira, enquanto a ONU segue articulando a libertação do grupo.
Fontes da oposição síria e do Exército filipino já tinham informado previamente sobre esses ataques contra a Força de Observação da Separação nas Colinas de Golã (UNDOF, na sigla em inglês).
Esse destacamento de “boinas azuis” se encarrega de verificar a cessação ao fogo entre Síria e Israel, assinado em 1974, e a retirada militar da região, mas suas posições começaram a ser afetadas pelo conflito armado entre rebeldes e o Exército sírio.
A nota do escritório de imprensa da ONU explica que foram atacados os postos com números 69 e 68, em ambos os casos por “elementos armados” não identificados.
Os 32 filipinos que se encontravam no posto 69, perto da cidade de Burayqah, sobre a linha Bravo ou beira oriental a cargo da UNDOF, foram desalojados, mas “se encontram a salvo”.
A situação mais grave parece ser na posição número 68, também sobre a linha Bravo, perto da cidade de Al Ruwayhinah, que foi atacada com fogo de morteiros, de metralhadoras e, atualmente, “se encontra sob fogo”, ou seja, com o destacamento cercado.
“As forças de paz da ONU responderam os disparos e evitaram que os atacantes invadissem à posição”, acrescenta a nota.
Em paralelo aos ataques, a UNDOF decidiu retirar seu pessoal do posto de observação número 52, próxima à posição 68, sobre a linha ocidental da zona a seu cargo, “como medida de preocupação pelos disparos feitos nos arredores”.
Os 44 “boinas azuis” fijianos foram detidos na posição 27, na cidade de Al Quinaytirah. Apesar de ter recebido informações de que os mesmos estão em lugar seguro, a ONU ainda não conseguiu articular a libertação do grupo.
Mesmo sem uma confirmação oficial, esse sequestro poderia estar sendo perpetrado por integrantes da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria.
Em julho passado, a força de paz da UNDOF era composta por 1.223 soldados de seis países (Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas). EFE
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