ONU denuncia assédio à missão no Sudão do Sul e quer reforçá-la
Nações Unidas, 18 mar (EFE).- A ONU denunciou nesta terça-feira os ataques e o assédio que sofre sua missão no Sudão do Sul (UNMISS) e pediu ao Conselho de Segurança um reforço da mesma perante a complexa situação que se vive no país.
O secretário-geral adjunto encarregado das operações da manutenção da paz, Hervé Ladsous, expressou perante o Conselho sua preocupação pela campanha que, segundo sua opinião, existe no Sudão do Sul contra a operação da UNMISS.
Ladsous relatou vários episódios de violência contra os capacetes azuis e denunciou as “mensagens públicas hostis” divulgadas por representantes do governo contra a missão da ONU, em descumprimento do acordo assinado sobre o status das forças.
“Essas violações e casos de assédio devem parar imediatamente”, destaca o relatório apresentado hoje perante o Conselho, no qual se pede à comunidade internacional que trabalhe para convencer todas as partes da necessidade que os capacetes azuis possam trabalhar com segurança em todo o país.
Ao mesmo tempo, Ladsous recomendou ao Conselho aumentar até 12.500 o número de tropas da UNMISS, nível no qual se encontra atualmente graças a transferências de outras operações.
Segundo explicou ao término da reunião a embaixadora luxemburguesa, cujo país preside atualmente o Conselho de Segurança, os membros do órgão têm ainda dúvidas sobre o aumento e querem mais informação a respeito.
O objetivo da UNMISS é melhorar seu trabalho na proteção da população civil, que para a ONU deve ser a prioridade número um da missão dada à deterioração da situação no Sudão do Sul pelo conflito entre as autoridades e as forças rebeldes.
A luta começou em meados de dezembro do ano passado, quando na capital se travaram combates entre o exército e militares insurgentes, que supostamente tentaram um golpe de Estado contra o regime do presidente, Salva Kiir.
Desde então ocorreram os enfrentamentos, que causaram milhares de mortes e colocaram à beira da guerra civil o jovem país, que se tornou independente em julho de 2011 do Sudão. EFE
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