ONU denuncia grande destruição em Aden e pede acesso para ajuda humanitária
Cairo, 27 jul (EFE).- O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) denunciou nesta segunda-feira que as consequências humanitárias do conflito no Iêmen são “catastróficas” e que a cidade de Aden está devastada.
Em comunicado, o coordenador da OCHA no país, Johannes van der Klaauw, explicou que durante sua visita no domingo a Aden pôde ver a grande destruição causada nestes quatro meses de conflito.
“Os civis estão pagando o preço mais alto. O conflito destruiu vidas e deixou sem sustento a maioria da população”, disse Klaauw.
Conforme informou, a infraestrutura básica do país, incluindo hospitais, escolas e portos, está arrasada, o que viola a legislação internacional humanitária. Ele reiterou seu pedido para que todas as partes em conflito cessem os ataques aos civis e à infraestrutura, vital para fornecer os bens e serviços básicos à população.
Klaauw anunciou que a ONU e seus parceiros estão preparados para reforçar rapidamente a resposta humanitária no Iêmen, mas que para isso as partes em conflito têm que permitir o acesso rápido e seguro, abrindo as estradas e facilitando a chegada aos portos e aeroportos. Ele também lembrou que é necessário um maior esforço dos doadores, já que até agora o pedido de fundos para as necessidades humanitárias da população este ano – de US$ 1,6 bilhão – só foi coberta em 15%.
Em Áden, por exemplo, a ajuda teria como foco principal restaurar os sistemas sanitários e de água, dar alojamento às famílias deslocadas e aumentar a distribuição de comida e outros bens de primeira necessidade. A OCHA destacou ainda que é necessário que as crianças possam ir à escola, assim como ter receber psicológica.
À meia-noite começou a trégua humanitária declarada unilateralmente pela coalizão, liderada pela Arábia Saudita, que bombardeia as posições dos rebeldes houthis desde março. No entanto, os combates e os bombardeios continuaram hoje. A trégua anterior, aceita por rebeldes e autoridades iemenitas e apoiada pela ONU, tinha começado em 10 de julho e durou uma semana, embora tenha sido quebrada por ambas as partes e a situação no território permaneceu muito complicada. EFE
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