ONU diz que 196 mil sul-sudaneses se refugiarão no Sudão em 2015
Cartum, 7 abr (EFE).- A ONU afirmou nesta terça-feira em Cartum que 196 mil cidadãos sul-sudaneses deverão se refugiar no Sudão ao longo de 2015 devido ao conflito que o país vive desde dezembro de 2013.
Em um relatório, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que nas duas últimas semanas foi registrado um grande aumento do número de pessoas que abandonam o Sudão do Sul rumo ao território sudanês.
O motivo é a intensificação dos combates no estado sul-sudanês de Alto Nilo. Para atender aos deslocados, a ONU abriu um segundo campo de refugiados em Al Kuik, no estado sudanês de Nilo Blanco, e um campo em Um Sanqur, na região de Kusti.
A ONU fornecerá ajuda para que todos os refugiados sul-sudaneses tenham acesso a serviços básicos, como atendimento médico e educação, além de oportunidades de trabalho.
Segundo o relatório da OCHA, que emprega dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), no final de março só no estado de Cartum tinha sido registrado um total de 115 mil deslocados sul-sudaneses.
O conflito político iniciado em dezembro de 2013 no Sudão do Sul entre o atual presidente sul-sudanês, Salva Kiir, de etnia dinka, e o ex-vice-presidente Riek Machar, dos nueres, deposto um ano antes, derivou em um conflito étnico que causou a morte de dezenas de milhares de pessoas. EFE
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