ONU e Liga Árabe dizem que crise iemenita só será resolvida pacificamente

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 12h40

Cairo, 30 jul (EFE).- O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Iêmen, Ismail Ould al Sheikh Ahmed, e o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, afirmaram nesta quinta-feira no Cairo que é necessário encontrar uma solução política ao conflito armado iemenita.

Em entrevista coletiva após um encontro na sede da organização na capital egípcia, Ahmed falou sobre os principais pontos da solução política para resolver a crise iemenita, e que inclui o envio de observadores da ONU.

“Vemos que no futuro os observadores podem ajudar a conseguir uma fórmula política, mas isto não acontecerá sem uma coordenação com a Liga Árabe. Embora tenhamos pontos diferentes, também há uma grande gama de opiniões iguais”.

Ao ser perguntado sobre os pontos que propôs para resolver a crise, ele respondeu que surgiram algumas ideias que podem trazer a solução política e que o líder da Liga Árabe apoia a aplicação da resolução 2016 do Conselho de Segurança.

Esta proposta pede a retirada dos rebeldes xiitas de todas as cidades e instituições públicas, um cessar-fogo definitivo, o desdobramento de observadores e o envio de ajuda humanitária. Além disso, contempla um processo político pacífico baseado na iniciativa dos países árabes do Golfo Pérsico, o diálogo nacional e a aplicação das resoluções da ONU.

Sobre os observadores, Ahmed enfatizou que não se trata de um exército ou de observadores militares, mas civis da ONU que trabalhariam em coordenação com a Liga Árabe e alguns países muçulmanos.

“Mas tudo isto não vai acontecer se não tiver um acordo político global entre as partes envolvidas no conflito”, acrescentou Ahmed.

Já Elaraby insistiu que é preciso deixar claro que os observadores devem ser enviados em conformidade com a ONU, mas é necessário um cessar-fogo e um relançamento do processo político no Iêmen.

O Iêmen está imerso em um conflito civil desde o setembro do ano passado quando os rebeldes xiitas houthis pegaram em armas contra o governo do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.