ONU e OMS dizem que falta de recursos põe em risco fim do surto de ebola
Agentes de saúde ajudam um paciente vítima de Ebola que tem alucinações
EbolaA ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiram nesta sexta-feira que a falta de recursos está pondo em perigo os esforços para terminar com o surto de ebola na África Ocidental, onde o número de novos infectados passou de cair dramaticamente para se estabilizar.
Segundo as Nações Unidas, para este ano serão necessários ao redor de US$ 1,5 bilhão e, por enquanto só se arrecadaram US$ 600 milhões.
“Um dos maiores riscos que nos enfrentamos agora é que os novos recursos para a resposta estejam caindo mais rápido do que o número de novos casos”, explicou em entrevista coletiva o diretor-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward.
Após conseguir “um dos maiores sucessos em saúde pública” em muitos anos com a primeira fase da resposta contra o ebola, a comunidade internacional caiu em uma certa complacência, lamentou Aylward.
Segundo o especialista, se nas três ou quatro primeiras semanas do ano a queda no número de contaminações era “encorajadora”, a “história das últimas quatro semanas é diferente”, pois o número de novos casos deixou de cair e se estabilizou entre 120 e 150 por semana.
“Isto não é o que queremos com o ebola”, advertiu Aylward, que lembrou que o vírus é “extremamente perigoso” e afeta uma área muito ampla do território de Serra Leoa, Libéria e Guiné.
Ele considerou “extremamente difícil” cumprir a meta fixada esta semana pelos governos desses três países, que querem conseguir em um prazo de 60 dias que não haja nenhum novo contágio.
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