ONU espera deter avanço do ebola na África em, no máximo, nove meses

  • Por Agencia EFE
  • 05/09/2014 14h50

Nações Unidas, 5 set (EFE).- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, garantiu nesta sexta-feira que está mobilizando todos os recursos para responder ao surto de ebola na África e fixou como objetivo deter a propagação da doença.

“O objetivo é deter a transmissão do ebola nos países afetados em um prazo entre seis e nove meses e impedir a extensão internacional do vírus”, explicou Ban em declarações aos jornalistas, após uma reunião da organização para dar resposta à epidemia.

Ele anunciou que a ONU abrirá um centro de crise para coordenar a resposta internacional. Segundo o diplomata coreano, as metas apenas poderão ser cumpridas se existir uma ação “urgente” tanto nos países africanos mais atingidos pela doença quanto em escala internacional. O secretário-geral pediu apoio de todos os países para as iniciativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e contribuições financeiras para juntar os US$ 600 milhões necessários para a África Ocidental.

“Precisamos de contribuições – de pessoal, de material e de financiamento – dos governos, do setor privado, de instituições financeiras, de ONGs e de outros grupos. Estamos nos mobilizando de todas as formas possíveis”, assegurou Ban, que advertiu que o número de casos “está crescendo de forma exponencial” e que a doença “está se estendendo mais rápido do que a resposta”.

“Este é um desafio enorme e sério. Estamos nos organizando para dar resposta. Estou convencido que podemos ter sucesso”, acrescentou.

Ban pediu às companhias aéreas e empresas de transporte marítimo para não suspender voos e viagens aos países envolvidos no surto a fim de poder ajudar os afetados.

“Proibir os voos e o transporte marítimo não fará com que o ebola não se estenda, mas evitará que as equipes médicas tenham acesso às pessoas mais necessitadas”, disse.

Nos últimos dias, várias companhias aéreas anunciaram suspensões temporárias de voos a países, como Serra Leoa, perante a epidemia de ebola. Segundo as últimas estatísticas da OMS, o surto atual provocou 3.685 casos, com 1.841 mortes. EFE

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