ONU expressa “preocupação extrema” por civis do campo de Al Yarmouk

  • Por Agencia EFE
  • 01/04/2015 18h14
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Beirute, 1 abr (EFE).- A Agência da Organização das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) expressou nesta quarta-feira “preocupação extrema” pela segurança e a proteção dos civis sírios e palestinos no campo de refugiados de Al Yarmouk, no sul de Damasco.

Em comunicado, o porta-voz da UNRWA, Christopher Gunness, lembrou que desde o início da tarde de hoje intensos combates estão sendo registrados entre os grupos armados presentes nesse lugar. Ele lembrou que 18 mil civis, entre eles 3.500 menores, estão em Al Yarmouk e destacou que a “luta feroz” em algumas áreas põe essas pessoas perante “um risco extremo de morte, ferimentos graves, traumas e deslocamento”.

Por conta disso, a agência da ONU tem feito um constante pedido para que todas as partes respeitem e cumpram suas obrigações para garantir a proteção dos civis do campo, assim como o fim dos enfrentamentos e o restabelecimento da situação para que seu pessoal possa repartir ajuda à população.

“A UNRWA acompanha de perto a situação com inquietação”, concluiu Gunness.

Hoje, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) invadiu Damasco e tomou grandes partes do campo de refugiados palestinos, no sul da capital, e cerca de cinco quilômetros do centro, disse à Agência Efe o diretor de Assuntos Políticos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Damasco, Anwar Abdul Hadi. Esta seria a primeira vez em que o EI consegue entrar em um distrito dentro da capital síria, já que até o momento não havia registro da presença de jihadistas na cidade.

Antes do início do conflito na Síria, em março de 2011, 160 mil palestinos residiam em Al Yarmouk. Os insurgentes assumiram o controle em dezembro de 2012 e, desde então, suas ruas foram palco de enfrentamentos entre grupos opositores e forças governamentais, apoiadas por a Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral.

Conforme dados divulgados ontem pela UNRWA, o acesso dos serviços humanitários foi interrompido durante 131 dias pelos combates no campo, embora tenha sido restabelecido recentemente. EFE

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