ONU impõe sanções a ex-presidente da República Centro-Africana
Nações Unidas, 9 mai (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta sexta-feira impor sanções contra o ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé e outros dois líderes políticos do país, segundo informaram fontes diplomáticas.
Trata-se do dirigente da coalizão rebelde Séléka, Noureddine Adam, e do representante das forças “Anti-Balaka”, Levy Yakete, assinalaram as mesmas fontes. Os três serão afetados com proibição de viagens e sofrerão o bloqueio de seus ativos econômicos como consequência da decisão.
As sanções castigam os três por sua suposta responsabilidade nos problemas na República Centro-Africana, que vive uma grave onda de violência há mais de um ano.
Em 10 de abril, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade uma resolução que autoriza o desdobramento de uma missão de paz de 11.800 soldados e policiais na nação africana.
A República Centro-Africana tem atualmente uma missão da União Africana (Misca) reforçada por dois mil soldados franceses, enquanto a União Europeia começou a transferir um contingente que totalizará 850 pessoas.
A missão africana realizará a transferência da autoridade à operação da ONU (Minusca) em 15 de setembro deste ano, e a nova missão terá um período inicial de um ano até 30 de abril de 2015.
A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias do ex-grupo rebelde Séléka, e cristãs, as denominadas “Anti-Balaka”, desde dezembro do ano passado.
A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que o então presidente, Bozizé, não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.
A capital, Bangui, foi tomada em março de 2013 pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do derrubado Bozizé.
No final do ano passado, as milícias cristãs “Anti-Balaka” se levantaram contra os partidários de Séléka, e contra a população muçulmana em geral, em represália pelos abusos cometidos pelos rebeldes durante os meses que estiveram no poder. EFE
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