ONU Mulheres apresenta em Dacar relatório sobre progresso 2015-2016

  • Por Agencia EFE
  • 08/06/2015 19h45

Dacar, 8 jun (EFE).- A ONU Mulheres apresentou nesta segunda-feira em Dacar seu relatório: “O progresso das mulheres no mundo 2015-2016: transformar as economias para realizar os direitos”.

A ministra de Mulheres do Senegal, Mariama Sarr, presidiu o evento, que contou com a presença da enviada especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Sahel, Hiroute Guebre Selassie.

O relatório destacou como as economias falharam em garantir às mulheres seu empoderamento e o pleno exercício de seus direitos econômicos e sociais, tanto em países ricos como em países pobres.

No relatório, a ONU Mulheres apresentou o objetivo de uma economia mundial em que as mulheres tenham acesso igualitário aos recursos produtivos como emprego de qualidade, crédito, tecnologia e propriedade, à proteção social, incluindo serviços de cuidado, e que também tenham renda suficiente para alcançar um nível de vida adequado.

Esta visão eliminaria os estereótipos sobre o que as mulheres e os homens podem e devem fazer e garantiria que as mulheres possam trabalhar e viver sem sofrer violência.

O Relatório apresenta 10 recomendações-chave para avançar rumo a uma economia que assegure às mulheres seu empoderamento e o exercício pleno de seus direitos que, além disso, será benéfica para a sociedade em seu conjunto e para o desenvolvimento sustentável em cada país e no mundo.

A participação das mulheres da África Subsaariana no mercado de trabalho experimentou o maior aumento entre todas as regiões em nível global – de 59% para 64% entre 1990 e 2013.

O relatório também apontou as brechas persistentes nas remunerações de homens e mulheres: em nível mundial as mulheres ganham em média 24% menos que os homens; na África Subsaariana este percentual chega a 30%.

O relatório ressaltou ainda a necessidade de aumentar os investimentos em serviços sociais acessíveis, e sensíveis ao gênero para reduzir a pobreza e a desigualdade.

Em seu discurso, a ministra senegalesa ressaltou que a política social iniciada pelo presidente Macky Sall se enquadra perfeitamente com os objetivos da ONU Mulheres.

Sarr destacou o programa de bolsas familiares lançado em 2014, que dá a 100 mil famílias pobres os recursos mínimos que garantam condições de vida decente.

Hiroute Guebre Selassie ressaltou as difíceis condições de vida das mulheres na região do Sahel, consequência de vários anos de seca, da insegurança alimentar e dos conflitos armados impostos pelos grupos extremistas que atuam na região.

Selassie destacou o papel relevante das mulheres rurais no Sahel para o processo de desenvolvimento econômico e social, e advertiu que, “sem a parte fundamental que as mulheres fornecem, a região do Sahel corre o risco de ficar atrasada em sua aspiração legítima de conhecer e viver no desenvolvimento”. EFE

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