ONU: Obama pede que texto sobre combatentes estrangeiros se traduza em ação
Nações Unidas, 24 set (EFE).- O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira aos países de todo o mundo que “traduzam em ação” a resolução recém-adotada pelo Conselho de Segurança da ONU sobre os combatentes estrangeiros em grupos terroristas e assegurou que nunca houve um desafio que precisasse de tanta cooperação.
“Estas palavras devem se traduzir em ações não só nos próximos dias, mas anos. Se há um desafio que um país não pode enfrentar por si só, é o de terrorismo cruzando fronteiras e ameaçando desdobrar atos de violência incontáveis”, disse Obama em reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Esse órgão da ONU aprovou hoje por unanimidade uma resolução que exige aos países de todo o mundo que adaptem suas legislações para perseguir e processar toda pessoa que tente viajar ao estrangeiro para se unir a grupos terroristas.
O texto, de caráter vinculativo, foi impulsionado pelos Estados Unidos e procura reforçar a luta contra os chamados combatentes estrangeiros, em resposta aos milhares de cidadãos de diferentes países que viajaram ao Iraque e Síria para se unir a grupos como o Estado Islâmico (EI).
Obama qualificou de “histórica” a resolução, porque estabelece “novas obrigações que os países devem cumprir”, entre elas “assegurar que suas leis nacionais permitam processar as pessoas que tentam” viajar para outros países para se envolver em atos terroristas.
“Mas as resoluções por si sós não serão suficientes. As promessas sobre o papel não nos manterão seguros. A retórica elevada não deterá um só ataque terrorista”, advertiu Obama, que pediu aos países uma implementação imediata do texto.
Os Estados Unidos calculam que cerca de 15 mil combatentes estrangeiros se uniram às fileiras do EI no Iraque e Síria, entre os quais há cerca de dois mil europeus e 100 americanos.
A Casa Branca acredita que alguns desses 100 combatentes de seu país retornaram já aos EUA.
Segundo Obama, a resolução “deixa claro que respeitar os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a legalidade internacional não é opcional”.
O líder pediu resistência à propaganda jihadista com uma mensagem clara de que “grupos como o EI traem o Islã ao matar homens, mulheres e crianças nocentes”.
Obama preside pela segunda vez em seu mandato -a primeira foi em 2009- uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que conta com a participação de chefes de Estado e do Governo dos membros desse órgão das Nações Unidas e outros países convidados, como o primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi. EFE
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