ONU pede cessar-fogo imediato no Iêmen para todas as partes em conflito

  • Por Agencia EFE
  • 16/04/2015 22h55
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Washington, 16 abr (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira em Washington um cessar-fogo imediato a todas as partes envolvidas no conflito no Iêmen, onde nas últimas semanas foram registrados 800 mortos e 2.700 feridos.

Ban fez o pedido de cessar-fogo em um jantar com jornalistas no Clube Nacional de Imprensa da capital americana, onde está para participar da reunião do FMI e do Banco Mundial.

“O Iêmen está em chamas. Inclusive antes da última escalada de violência os iemenitas já necessitavam de ajuda humanitária. Peço um cessar-fogo imediato no Iêmen de todas as partes”, disse o secretário-geral da ONU.

“Peço um retorno ao diálogo político, que é a melhor opção. Vimos muitos baixas de civis e destruição de infraestrutura, e o Iêmen, que é um dos países mais pobres do mundo, está hipotecando seu futuro”, afirmou Ban.

O secretário-geral das Nações Unidas explicou que a Arábia Saudita assegurou que “entende que se deve produzir um processo de paz” e pediu “a todos os iemenitas” que participem dele.

Ban também se referiu à renúncia apresentada ontem pelo enviado especial das Nações Unidas ao Iêmen, Jamal Benomar, e disse que está buscando um sucessor.

O conflito se intensificou nos últimos meses no Iêmen, onde o movimento xiita dos houthis prossegue sua ofensiva enquanto as forças árabes bombardeiam posições dos rebeldes.

O Ministério da Saúde do Iêmen, controlado pelos houthis, anunciou hoje que 897 civis morreram desde o início da ofensiva da coalizão árabe e revelou que os remédios estão escasseando e há muitos hospitais fora de serviço.

Em 26 de março, iniciou-se uma campanha de bombardeios liderada pela Arábia Saudita, cujos ataques obrigaram mais de 120 mil pessoas a deixarem seus lares, segundo a ONU.

Riad e oito aliados árabes justificam a ofensiva para defender a legitimidade do presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour Hadi, pela suposta ameaça dos houthis para a Arábia Saudita e no perigo do Irã, a potência muçulmana xiita, estender sua influência na região por meio dos rebeldes. EFE

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